Bombardeio contra milícia do PKK coloca ainda mais em dúvida a disposição da Turquia em assumir um papel relevante na coalizão internacional
Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h48 - Publicado em 14 out 2014, 18h51
Um ataque turco contra alvos curdos trouxe mais um elemento complicador à luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria. Na segunda-feira, jatos bombardearam áreas no sudeste da Turquia. De acordo com a imprensa local, os bombardeios tinham como alvo a milícia do PKK, um partido separatista curdo da Turquia que combate os terroristas do EI junto com o Exército do Curdistão. A ação seria uma retaliação ao bombardeio de uma base militar turca.
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As hostilidades entre os separatistas turco e Ancara foram reduzidas de dois anos para cá, quando um processo de paz teve início. A retomada das tensões coloca ainda mais em dúvida a disposição da Turquia em assumir um papel de relevo na coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o EI. A pressão internacional e interna (manifestada em protestos da população curda) por uma intervenção militar turca em Kobani, cidade síria na fronteira com o país, até agora não surtiu efeito, apesar do alerta da ONU sobre o risco de um “massacre” na cidade.
Os turcos relutam em iniciar uma ofensiva porque o grupo que está defendendo Kobani faz parte de uma ramificação do PKK que conseguiu certa autonomia em algumas áreas no norte da Síria em meio ao caos da guerra civil e é visto como uma ameaça à segurança nacional da Turquia.
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Além disso, o governo turco é inimigo de Bashar Assad, o que o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu reiterou ao Parlamento nesta terça, ao defender que a coalizão internacional deve também assumir a derrubada do ditador sírio. “A Turquia é contra o EI e Assad”, ressaltou, em declaração reproduzida pelo jornal The New York Times.
O premiê insistiu ainda que o processo de paz não será afetado pelas divergências no combate ao EI. “Estou dizendo àqueles que tentam criar uma relação entre Kobani e o processo de paz – essas duas situações são diferentes uma da outra. O processo de paz existia antes de Kobani. E não estou dizendo isso com o intuito de diminuir a importância de Kobani”.
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