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Após vetos, EUA dão sinal verde a resolução da ONU sobre guerra em Gaza

Não está claro se demais membros do Conselho de Segurança, em particular a Rússia, aceitarão mudanças propostas pelos americanos; votação é nesta sexta

Por Amanda Péchy 22 dez 2023, 09h00

Os Estados Unidos declararam que estão prontos para apoiar uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que será votada nesta sexta-feira, 22, destinada a aumentar o fluxo de ajuda humanitária a Gaza, após pedir alterações no texto, incluindo a remoção de um apelo à “suspensão urgente das hostilidades”. Washington, com  poder de veto no órgão, barrou diversas propostas a respeito do conflito, inclusive uma do Brasil, e o Conselho de Segurança segue sem resolução quase 80 dias após a eclosão da guerra Israel-Hamas.

Na quinta-feira 21, a votação da resolução foi adiada pelo quarto dia consecutivo, após uma semana de negociações intensas. Mas a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, disse que seu país e os estados árabes apresentaram uma versão alterada da proposta, que Washington poderia apoiar.

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“Estamos prontos para votar. E é uma resolução que levará assistência humanitária aos necessitados”, disse Thomas-Greenfield. “Isto apoiará a prioridade que o Egito tem em garantir que colocamos no terreno um mecanismo que apoiará a assistência humanitária e que estamos prontos para avançar.”

Porém, não ficou claro se outros membros do conselho com poder de veto, em particular a Rússia, aceitariam as mudanças.

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Propostas

O atual projeto de resolução fazia um apelo à “suspensão urgente das hostilidades” para permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Este ponto, no entanto, foi removido e substituído por um apelo a “medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso humanitário seguro e sem entraves, e também para criar as condições para uma suspensão sustentável das hostilidades.”

Além disso, uma seção pedia ao secretário-geral das Nações Unidas para criar um mecanismo que seria “exclusivamente” responsável pelo monitoramento dos envios de insumos ao enclave, sem a intervenção de Israel. O ponto também foi foi alterado, e agora pede a nomeação de um “coordenador humanitário sênior e de reconstrução” com responsabilidade de “facilitar, coordenar, monitorar, e verificar em Gaza, conforme apropriado, a natureza humanitária de todas as remessas de ajuda”.

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Este coordenador, que será nomeado “rapidamente”, deverá “estabelecer um mecanismo das Nações Unidas para acelerar o fornecimento de remessas de ajuda humanitária a Gaza” enquanto consulta “todas as partes relevantes” – em referência, principalmente, a Israel.

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Por fim, o projeto de resolução “exige que as partes em conflito cooperem com o coordenador para cumprir o seu mandato sem atrasos ou obstruções”.

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Veto dos EUA

Nas negociações desta semana, os Estados Unidos argumentaram que a redação original da proposta, que dava às Nações Unidas “controle exclusivo” de um mecanismo de entregas humanitárias que duraria um ano, era inflexível.

Já o apelo à suspensão das hostilidades, para Washington, aumentaria a pressão internacional sobre Israel. Por isso Thomas-Greenfield defendeu um parágrafo que, ao invés disso, “condena firmemente todas as violações do direito humanitário internacional, incluindo todos os ataques indiscriminados contra civis e bens civis, toda a violência e hostilidades contra civis, e todos os atos de terrorismo”.

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