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Após sentir autoritarismo na pele, ex-premiê espanhol diz que Venezuela está “se destruindo”

Felipe González teve de ir embora do país após o governo bolivariano do presidente Nicolás Maduro impedi-lo de se encontrar com os presos políticos

Por Da Redação
11 jun 2015, 17h44
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  • De volta à Espanha, após testemunhar o autoritarismo do governo bolivariano de Nicolás Maduro, o ex-primeiro-ministro Felipe González afirmou nesta quinta-feira que a “Venezuela é um país em processo de destruição”. “O responsável pela catástrofe que vive o país, em termos de segurança, econômicos e sociais, é Maduro”, disse o político. González havia desembarcado em Caracas no domingo, mas foi obrigado a deixar a Venezuela na terça-feira após Maduro ignorar todos os seus pedidos para amparar judicialmente os opositores presos por razões políticas. O ex-premiê não obteve as autorizações para assessorar os advogados que defendem os réus, assistir ao julgamento como um civil e nem para visitar os opositores na prisão.

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    González, no entanto, declarou que voltará em breve ao país “para articular a defesa jurídica [dos opositores] de acordo com os pactos internacionais que a Venezuela é obrigada a seguir”. Para o ex-premiê, a rejeição aos desmandos do mandatário bolivariano é tamanha que os principais aliados venezuelanos começarão a abandoná-lo de forma gradativa, incluindo o regime comunista de Cuba. “A situação venezuelana e a atuação de Maduro são mais um estorvo para [o ditador] Raúl Castro do que uma ajuda”, disse González, segundo o jornal El País.

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    Antes mesmo de planejar a viagem à Venezuela, González foi obrigado a ouvir desaforos de Maduro e de sua base aliada. Em abril, a Assembleia Nacional do país emitiu um decreto que declarava o ex-premiê “persona non grata”. Logo após a confirmação de que o político havia deixado Caracas, Maduro recorreu a uma rede de televisão para dizer que o ex-premiê havia “fugido”. Ele também cobrou explicações da Colômbia, que forneceu um avião das Forças Aéreas para transportar o político para Bogotá, mas foi ignorado pelo presidente Juan Manuel Santos.

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    Fim da geve de fome – O ex-prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos, encerrou nesta quinta-feira a greve de fome que já durava quase vinte dias. Tanto Ceballos quanto o chefe do partido opositor Vontade Popular, Leopoldo López, protestam contra as práticas repressivas do governo de Maduro. Segundo Patricia de Ceballos, mulher do político e atual prefeita de San Cristóbal, o opositor comunicou a decisão através de uma chamada telefônica. Por meio de seu Twitter, Patricia disse que o ex-prefeito está recebendo um soro intravenoso para se recuperar do longo período sem ingerir alimentos. Os advogados de Ceballos haviam dito recentemente que ele tinha perdido dez quilos e só conseguia se locomover em uma cadeira de rodas. Ainda não está claro se López também interrompeu a greve de fome.

    (Da redação)

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