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Ex-premiê espanhol se reúne com oposição venezuelana e aguarda para visitar presos

Felipe González irá assessorar a defesa dos presos políticos e aconselhar os opositores que fazem campanha para as eleições parlamentares

Por Da Redação
8 jun 2015, 22h44

Após desembarcar no domingo em Caracas, na Venezuela, o ex-primeiro-ministro da Espanha, Felipe González, deu prosseguimento às atividades políticas no país e se reuniu nesta segunda-feira com membros da plataforma opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD). O principal objetivo de González é assessorar a defesa dos presos políticos do governo bolivariano de Nicolás Maduro e ajudar os opositores a se organizarem para as eleições parlamentares que deverão ser realizadas no fim do ano. Na reunião com a MUD esteve presente Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López. Preso após os protestos que levaram milhares de descontentes com o governo de Maduro às ruas no ano passado, López é o chefe do partido Vontade Popular e a principal voz de oposição entre os presos venezuelanos.

De acordo com o jornal El País, o ex-premiê González tem se mostrado “conciliador e contido a todo momento” e, apesar de seu objetivo ser visitar os presos políticos, ele não o fará se não tiver a autorização de Maduro. Há duas semanas, o presidente venezuelano negou o pedido para que os ex-presidentes de Colômbia e Bolívia, Andrés Pastrana e Jorge Quiroga, respectivamente, conversassem pessoalmente com os opositores mantidos sob custódia. Entre os planos de González também está uma visita ao jornalista e fundador do diário Tal Cual, Teodoro Petkoff, de 83 anos. O comunicador tem sido uma das principais vítimas da perseguição chavista e está proibido de deixar a Venezuela por ter noticiado a suspeita de envolvimento do presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, com o tráfico de drogas.

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Se a influência que González exercerá no julgamento dos presos políticos ainda é incerta, um possível trunfo de sua visita à Venezuela poderá ser a retomada da união entre os grupos opositores que integram a MUD. Apoiadores de López e da ex-deputada María Corina Machado romperam com os partidos mais tradicionais da oposição, entre eles o do ex-candidato à Presidência, Henrique Capriles, após as manifestações populares de 2014. Há divergências na MUD com relação à forma como as legendas devem chegar ao poder: López e María Corina defendem a saída imediata de Maduro do governo, enquanto os demais apostam nas próximas eleições para desbancar o chavismo.

As diferenças políticas poderão ficar em segundo plano devido à queda livre em que se encontra a popularidade de Maduro. A administração chavista é apoiada por apenas 20% da população, enquanto Maduro conta com o apoio de apenas 10% dos venezuelanos. Estudos de opinião recentes mostram que a oposição leva uma vantagem de 15% frente aos candidatos bolivarianos do próximo pleito, algo sem precedentes desde que o chavismo tomou o poder. Além das políticas autoritárias e repressivas encampadas por Maduro para silenciar a oposição, pesa contra a imagem do presidente a incapacidade de recuperar a economia, controlar a inflação galopante e resolver a questão do desabastecimento de produtos básicos e de primeira necessidade.

(Da redação)

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