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Venezuela declara ex-premiê espanhol Felipe González ‘persona non grata’

González havia se comprometido a defender os opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, presos pelo governo de Nicolas Maduro por 'conspiração'

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h35 - Publicado em 21 abr 2015, 23h15

A Assembleia Nacional venezuelana acatou uma proposta do Partido Comunista da Venezuela (PCV), que integra a coalizão governista do presidente Nicolás Maduro, e declarou nesta terça-feira o ex-primeiro-ministro da Espanha, Felipe González, “persona non grata” no país. Segundo o jornal espanhol El País, a declaração do Parlamento dá o tom do que poderá ser a oposição definitiva a todos aqueles que se pronunciarem de forma contrária às medidas autoritárias de Maduro. Todas as decisões tomadas pelas autoridades migratórias, que poderão permitir a entrada de González ou expulsá-lo do país, são dependentes do posicionamento do poder Executivo.

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O ex-premiê espanhol anunciou em março que participaria ativamente como assessor dos advogados de defesa dos líderes opositores Leopoldo López e Antonio Ledezma, presos por “conspiração” em uma penitenciária militar. Desde o anúncio a base governista da Venezuela, incluindo Maduro, vinha emitindo declarações atacando o político e ameaçando vetar a sua entrada no país. Na segunda-feira, o advogado de López, Juan Carlos Gutiérrez, havia expressado o desejo da defesa em contar com González o mais rápido possível para preparar as estratégias que serão utilizadas no tribunal.

Recentemente, Maduro apelou para a grosseria ao criticar o atual governo espanhol, chefiado pelo primeiro-ministro Mariano Rajoy. A revolta do presidente venezuelano teve início após o Parlamento da Espanha pedir libertação dos opositores políticos. “Que as Cortes espanholas opinem sobre sua mãe, mas que não opinem sobre a Venezuela”, disse Maduro, antes de chamar Rajoy de “racista”. A chancelaria do país europeu respondeu que as declarações venezuelanas eram “intoleráveis” e repudiou os “insultos e ameaças” proferidos pelo mandatário bolivariano.

Censura – Também nesta terça-feira, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, braço-direito de Maduro, abriu um processo criminal por difamação contra os jornais venezuelanos El Nacional e TalCual, ambos da capital Caracas. O político já vinha ameaçando as publicações desde janeiro, quando foram replicadas informações de que um desertor do chavismo que servia como chefe de segurança de Cabello havia se mudado para Washington, capital dos Estados Unidos, para denunciar práticas ilícitas do regime chavista. Identificado como Leamsy Salazar, o desertor teria acusado Cabello de ser o chefe do Cartel de Sóles, que domina o tráfico na Venezuela.

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