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EUA acusam Venezuela de não se empenhar no combate ao narcotráfico

John Kelly, responsável pelas operações militares dos EUA na América do Sul e Central, disse que “há muita cocaína saindo” do país bolivariano

Por Da Redação
3 jun 2015, 18h51

O chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, John Kelly, declarou nesta quarta-feira que falta colaboração da Venezuela no combate ao narcotráfico. Kelly, responsável por supervisionar as operações militares do país na América do Sul, Central e no Caribe, denunciou que “quase todos os voos [carregados com drogas] partem da Venezuela. “Com a Venezuela não temos muita cooperação neste momento, e sabemos que há muita cocaína saindo desse território rumo ao mercado mundial”, afirmou o americano, durante a XXII Conferência Internacional contra as Drogas, que reúne representantes de 127 países na cidade colombiana de Cartagena.

De acordo com Kelly, os narcotraficantes estão buscando novas estratégias para driblar a fiscalização das autoridades. Em vez de sobrevoar países da América Central, algo comum há dois anos, os criminosos agora buscam o espaço aéreo de pequenas ilhas do Caribe que não são tão bem vigiadas quanto os demais territórios latino-americanos. O militar ressaltou que “não há maneira de ganhar [esta guerra] com disparos e munições, mas sim com uma estratégia integrada”.

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Entre os primeiros passos a serem adotados está o combate à demanda pela droga não só nas Américas, mas também na Ásia e Europa. “Sou o primeiro americano a admitir que o problema está nas sociedades consumidoras. Meu país é o principal, o Brasil é o segundo”, disse Kelly. “Os Estados Unidos têm uma procura insaciável pelas drogas. Não falo só da maconha, mas também da cocaína, heroína e metanfetaminas”.

Narcoestado – Recentemente, promotores americanos confirmaram que estão investigando vários políticos venezuelanos por suspeita de que eles transformaram o país em um “centro global para o tráfico de cocaína” e lavagem de dinheiro. “Uma divisão de elite da Agência de Controle de Drogas (DEA, na sigla em Inglês), em Washington e procuradores federais em Nova York e Miami estão construindo casos usando evidências de antigos traficantes de cocaína, informantes próximos de políticos venezuelanos e desertores militares”, reportou o jornal The Wall Street Journal. Um dos principais alvos, de acordo com um funcionário do Departamento de Justiça e outras autoridades dos EUA, é o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, considerado o segundo homem mais poderoso do país.

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Após a publicação da reportagem, o presidente venezuelano Nicolás Maduro saiu em defesa de Cabello e garantiu total respaldo do governo venezuelano ao presidente da Assembleia Nacional. “Quem se mete com Diosdado está se metendo conosco, se metendo comigo. Vamos defender Diosdado como defendemos nosso país do ataque dos Estados Unidos”, afirmou. Na opinião do presidente venezuelano, Cabello “vem sendo vítima” desde janeiro “de um ataque brutal da extrema-direita midiática do eixo Bogotá-Madri-Miami através de meios de comunicação de Miami, do The Wall Street Journal, e da publicação espanhola ABC“.

Popularidade – O populismo de Maduro não tem surtido mais tanto efeito na Venezuela. O jornal Tal Cual noticiou que o presidente conta com o apoio de apenas 10% da população, enquanto o chavismo é visto com bons olhos por apenas 20% dos venezuelanos. Os índices de Maduro têm caído drasticamente após o governo bolivariano ter se mostrado incapaz de recuperar a economia, controlar a inflação galopante e resolver a questão do desabastecimento de produtos básicos e de primeira necessidade. Também pesam contra Maduro as políticas autoritárias e repressivas encampadas por sua administração para silenciar a oposição.

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(Da redação)

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