O número de russos que entram em países da União Europeia saltou mais de 30% em uma semana, segundo informações da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras (Frontex). O aumento ocorre após uma mobilização parcial ordenada pelo presidente Vladimir Putin.
“Na semana passada, quase 66.000 cidadãos russos entraram na UE, mais de 30% em relação à semana anterior. A maioria deles chegou à Finlândia e à Estônia”, disse a Frontex em comunicado, referindo-se à semana de 19 a 25 de setembro.
A agência acrescentou que cerca 30.000 cidadãos russos chegaram à Finlândia apenas nos últimos quatro dias. De acordo com o documento, a maioria dos russos que viajaram para países vizinhos têm autorização de residência, visto ou dupla cidadania.
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No entanto, o órgão alertou que as travessias ilegais devem aumentar se a Rússia proibir a evasão de potenciais recrutas.
Na semana passada, após reveses na guerra na Ucrânia, Putin anunciou uma mobilização parcial. A medida busca recrutar mais de 300.000 soldados para o combate em Kiev.
A UE começou a discutir na segunda-feira, 26, como irá lidar com os russos que se esquivam do alistamento, mas nenhum acordo foi anunciado até agora.
No final de agosto, o bloco de 27 nações não concordou com a proibição de vistos para turistas russos, medida adotada de forma isolada pela República Tcheca e a Polônia. Apesar disso, a UE decidiu suspender a facilitação de vistos para Moscou, o que torna o processo de emissão do documento mais caro e demorado.
Em 19 de setembro, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia avançaram sozinhos e começaram a implementar restrições de entrada para turistas russos. A Finlândia planeja introduzir restrições semelhantes.