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América Latina tem 60% das cidades mais violentas do mundo, incluindo Rio

Perfil de risco da região é sustentado, principalmente, pelo narcotráfico, segundo pesquisa da Verisk Maplecroft

Por Amanda Péchy
Atualizado em 26 Maio 2022, 15h44 - Publicado em 26 Maio 2022, 13h08

Uma pesquisa da empresa de análise de risco Verisk Maplecroft, divulgada nesta quinta-feira, 26, revelou que mais de 60% das cidades mais violentas e atingidas pelo crime no mundo estão na América Latina. No top 3 da lista das 30 maiores cidades do mundo estão Bogotá, na Colômbia, Cidade do México, capital mexicana, e o cartão-postal do Brasil, Rio de Janeiro.

“O papel da região no tráfico transnacional de narcóticos e a força contínua de organizações e gangues sofisticadas de narcotráfico são o principal fator que sustenta o perfil de risco da América Latina”, concluiu a pesquisa, divulgada na quinta-feira.

O estudo, que usou dados sobre crimes (como homicídios, roubos e danos materiais), terrorismo, distúrbios civis e conflitos, descobriu que oito das 12 cidades que recebem a pior pontuação possível estão na América Latina.

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Uma das localizações responsáveis por dar o trono à América Latina é Medellín, na Colômbia. Embora tenha sido muito associada à violência nos anos 1980 e 1990, quando o temido cartel de Medellín de Pablo Escobar governou partes da cidade, a maior pontuação de risco possível na análise da Verisk Maplecroft veio neste ano. Ao lado da cidade estão San Salvador, em El Salvador, e Chihuahua, no noroeste do México.

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“Medellín é um núcleo de redes criminosas transnacionais e é por isso que aparece neste tipo de estudo”, disse Pedro Piedrahíta Bustamante, professor de ciência política da Universidade de Medellín. “Apesar de todas as transformações das últimas décadas, persistem indicadores negativos de criminalidade na cidade.”

Das 30 maiores cidades do mundo, as mais arriscadas são a capital da Colômbia, Bogotá, o Rio de Janeiro e a Cidade do México. Nas cidades na Venezuela, assoladas pelo crime generalizado e pela instabilidade política, os indicadores também dispararam, com destaque para Barquisimeto, Caracas, Maracaibo, Maracay e Valência.

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Também no topo da lista está Porto Príncipe, capital do Haiti, que há anos sofre com violência relacionada a gangues. A situação no país caribenho se deteriorou ainda mais no ano passado, quando o presidente Jovenel Moïse foi assassinado em sua casa em circunstâncias misteriosas, abrindo um vácuo de poder ainda não preenchido.

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Quase 150 pessoas foram mortas nas últimas semanas em tiroteios entre gangues no Haiti. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) disse no início deste mês que tratou mais de 96 pessoas com ferimentos à bala em suas instalações médicas em Porto Príncipe desde 24 de abril.

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Embora a América Latina concentre muitas cidades violentas, de acordo com a pesquisa da Verisk Maplecroft, os lugares mais perigosos do mundo não estão no continente. Cabul, no Afeganistão, e Mogadíscio, na Somália, levaram o título no relatório.

Enquanto isso, na outra ponta do espectro, os lugares mais seguros do mundo estão no Leste Asiático, com cidades no Japão e Taiwan no top 10, juntamente com a capital suíça Zurique.

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Refúgios relativamente seguros também são encontrados em toda a Europa, incluindo Oslo, capital da Noruega, Porto, em Portugal, Dublin, na Irlanda, Roterdã, na Holanda, e Estocolmo, capital sueca. Estas estão entre as 20 cidades de menor risco do mundo.

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