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Obama indica Yellen à chefia do Fed; mas Senado terá de aprovar

Presidente dos EUA faz apelo para que Comitê Bancário aprove a indicação da substituta de Bernanke "sem atrasos"

Por Da Redação
9 out 2013, 17h27
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  • O presidente Barack Obama oficializou nesta quarta-feira a indicação da economista Janet Yellen à presidência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Yellen deve assumir o cargo em fevereiro de 2014, substituindo Ben Bernanke, que ocupa o posto desde 2006. Ao nomear Yellen, Obama afirmou que ela é “uma das melhores economistas e especialistas em política monetária da nação”. “Ela é comprovadamente uma líder e ela é ‘durona’, e não apenas por ser do Brooklyn”, disse Obama, em tom de brincadeira.

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    Após a indicação, que ocorreu na Casa Branca, Yellen fez um breve discurso de agradecimento em que reiterou seu compromisso com a manutenção do emprego nos Estados Unidos. “Muitos americanos ainda não conseguem encontrar um emprego e preocupam-se com como vão pagar suas contas e prover para suas famílias. O Federal Reserve pode ajudar se fizer seu trabalho de maneira eficaz”, disse a economista, que deverá ter seu nome aprovado pelo Comitê Bancário do Senado, composto por 22 membros, no qual os democratas detêm maioria. Ela também será a primeira mulher a presidir o Fed. “Devido aos desafios econômicos urgentes que nossa nação enfrenta, eu insisto ao Senado que confirme Janet sem atraso. Estou absolutamente confiante que ela será uma dirigente excepcional do Federal Reserve”, disse o presidente.

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    Aos 67 anos, a discreta economista egressa da Universidade de Yale protagonizou, mesmo sem ter a intenção, um episódio inédito na história das escolhas dos dirigentes do Fed. A Casa Branca tem por regra indicar um nome técnico para o órgão, mas que disponha, obviamente, de algum capital político. Não se trata de uma votação ou escolha de mercado – os economistas tampouco concorrem ao cargo.

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    Contudo, conforme a data da saída de Bernanke se aproximava, os nomes de Yellen e Larry Summers surgiram na imprensa como possíveis escolhas da Casa Branca. Tal situação, outrora corriqueira, foi transformada por economistas numa espécie de “corrida” inútil pela presidência do Fed – como se o assunto fosse tema de disputa eleitoral. A possibilidade de escolha de Larry Summers, divulgada em reportagem do Washington Post, fez com que centenas de economistas se mobilizassem e enviassem uma carta aberta à Casa Branca pedindo que Yellen ocupasse o cargo.

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    Summers é considerado por muitos como um dos culpados pela desregulamentação do sistema financeiro que desencadeou a crise econômica de 2008. Também é visto como “arrogante” e “truculento”, segundo relatos da imprensa americana, o que dificultaria a formação de um consenso entre os diretores do Fed durante as tomadas de decisão. Diante da torcida contra, o economista, que foi ex-secretário do Tesouro dos Estados Unidos, enviou uma carta ao presidente Obama pedindo para não ser considerado para o cargo, deixando o caminho livre para a condução de Yellen.

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    Yellen, por sua vez, trabalha no Fed desde 2004 e conhece os meandros da instituição. Segundo o The New York Times, a economista formada em Yale almejava trabalhar no órgão desde os temos de faculdade. Ela é casada com o ganhador do Nobel da Economia George Akerlof.

    A indicação de Yellen agrada ao Partido Democrata e a grande maioria dos economistas americanos. Os jornais The New York Times e Financial Times já haviam tornado pública sua preferência por Yellen em editoriais ao longo do ano. Os ganhadores do Nobel Paul Krugman e Joseph Stiglitz publicaram artigos endossando a colega. “Ela foi uma das minhas mais brilhantes alunas”, escreveu Stiglitz.

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    Apesar de não ter o trânsito político de Larry Summers, Yellen foi a artífice, junto com Bernanke, do programa de estímulos colocado em prática desde 2007 que ajudou a resgatar a economia americana da recessão. Também é vista como uma profissional conciliadora, característica importante num órgão em que as decisões são baseadas em consenso. Uma transição suave, quase imperceptível, é o que o mercado espera com o início de sua gestão.

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