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Moody’s mostra pessimismo em relação ao G20 e à dívida dos EUA

Agência divulga relatório em que reduz suas perspectivas para o crescimento do PIB dos emergentes e mostra descrença em relação à solução do "abismo fiscal" dos EUA

Por Da Redação
12 nov 2012, 12h07
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  • A agência de classificação de riscos Moody’s rebaixou em meio ponto percentual o crescimento econômico dos países do G20 em relação a seu relatório do agosto passado, devido à lentidão dos ajustes estruturais e ao peso da crise em suas economias, enquanto apontou crescimento acima de 5% para países em desenvolvimento como Brasil, China e Índia.

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    A agência americana indica em um relatório analítico publicado nesta segunda-feira que “o crescimento do PIB nessas nações (G20) será menor que o esperado em agosto, já que os ajustes estruturais só continuarão se materializando lentamente” devido ao resfriamento da economia.

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    Para os países que compõem o G20, a Moody’s apontou na atualização das perspectivas de riscos globais para o período 2012-2014 que o crescimento do PIB global em 2012 será de 1,3%, seguido de um aumento de 1,6% no ano seguinte e de 2% em 2014. Até 2014, a agência estima que não se possa falar em recuperação econômica global e identifica como possíveis os riscos uma recessão maior na zona do euro, problemas orçamentários nos Estados Unidos, um aumento do preço do petróleo por tensões geopolíticas e a desaceleração das economias emergentes.

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    Para a Moody’s, é dado como certo que a economia do conjunto da zona do euro estará estagnada em 2013. “Em nossa opinião, a consolidação fiscal e a volatilidade dos mercados financeiros continuarão pesando sobre a confiança das empresas e os consumidores nas economias avançadas, enquanto a incerteza aguda continuará dificultando a despesa, a contratação e o investimento”, declarou o vice-presidente de macroanálise financeira da Moody’s, Colin Ellis.

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    A Europa continua centralizando a atenção dos analistas da agência, que consideram que a saída da crise para o continente continua sendo “incerta”.

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    A Moody’s adverte que os ajustes completos nas contas públicas dos países podem levar vários anos e não descarta que a quebra de “vários Estados da União Europeia e a eventual saída do euro de algum deles”, o que levaria a Europa a uma recessão ainda maior, indicou.

    Além disso, a Moody’s diz acreditar que há uma chance em três de que a Grécia abandone a moeda única, embora a rapidez das mudanças de cenário dificulte prognósticos acertados. Em relação aos Estados Unidos, a agência espera “um crescimento relativamente saudável” em 2013. A redução do gasto público planejada para os EUA beneficiará sua economia, mas um arrocho excessivo pode levar a primeira economia do mundo à recessão, disse.

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    Paralelamente, segundo Ellis, as estimativas de crescimento para as economias emergentes perderam a força, refletindo “a desaceleração no mundo do comércio e a falta de força significativa da demanda doméstica”.

    Por isso, a Moody’s estima que o conjunto das grandes economias emergentes registrarão um crescimento “ligeiramente superior a 5% em 2012”, seguido de um avanço de 5,5% em 2013 e de 5,7% em 2014.

    Estados Unidos – A Moody’s também reafirmou sua preocupação em relação ao “abismo fiscal” nos Estados Unidos. Em comunicado, a agência disse que se os Estados Unidos adiarem uma decisão sobre a redução do déficit até o ano que vem, o que parece cada vez mais provável, precisará haver um compromisso dos congressistas norte-americanos em fechar um acordo orçamentário e um claro cronograma de reformas para manter o rating ‘Aaa’ do país.

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    No relatório quinzenal ‘Credit Outlook’, o vice-presidente sênior da Moody’s, Steven Hess, e o diretor-gerente para risco soberano, Risk Bart Oosterveld, observaram que a paisagem política dos EUA continua “muito polarizada e imprevisível” após a eleição presidencial.

    A menos que o Congresso dos EUA tome uma atitude antes do fim do ano, uma combinação de cerca de 500 bilhões em aumentos de impostos e cortes de gastos, como é descrito o conceito de abismo fiscal, entrará em vigor em 1º de janeiro e, segundo economistas, poderá arrastar a economia norte-americana de volta à recessão. A Moody’s tem uma perspectiva negativa para o rating dos EUA.

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    Obama pede que americanos pressionem Congresso por solução para abismo fiscal

    (Com EFE e Estadão Conteúdo)

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