As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) no boletim Focus divulgado nesta segunda-feira projetaram uma inflação maior do que a estimada anteriormente – mas ainda abaixo da meta – e um crescimento menor do PIB neste ano. Eles também fizeram suas previsões para o dólar e para a taxa Selic.
De acordo com os economistas, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá ficar em 4,28% neste ano, uma estimava pior do que os 4,09% que a pesquisa trazia no relatório da semana passada. Com isso, a expectativa do mercado segue abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% em 2018.
Nos próximos anos, a meta de inflação muda. O objetivo do BC para o IPCA em 2019 é de 4,25% e para 2020 de 4%. O mercado acredita que o índice deverá ficar em 4,18% no próximo ano e 4% no seguinte.
O resultado é de levantamento feito na semana passada com mais de 100 instituições financeiras.
PIB e dólar
Em relação à economia, os economistas agora que o país deve crescer 1,35% em 2018. Na última semana, as estimativas apontavam uma alta do PIB de 1,36%. Eles mantiveram a expectativa de crescimento de 2,5% para o índice em 2019, 2020 e 2021.
A pesquisa aponta que o consenso para a cotação do dólar ao final deste ano está em 3,90 reais, sete centavos acima do que previa o mercado na semana anterior. Para 2019, a expectativa é que a moeda americana encerre o ano em 3,80 reais. Para 2020, o Relatório Focus mostra ainda que a expectativa é de que o dólar seja negociado a 3,75 reais. Em ambos os casos, os economistas subiram cinco centavos as projeções em relação à semana anterior. Apenas para 2021 que a previsão para o dólar permaneceu inalterada, em 3,80 reais.
Selic
O boletim desta semana é o primeiro após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Na última quarta-feira, 19, o Copom decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 6,5% ao ano. Segundo os economistas, os juros ficarão inalterados até o final do ano.
O cenário para os próximos anos, no entanto, muda. A expectativa é que a Selic seja elevada para 8% ao ano em 2019, e fique assim até o final de 2021.