Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Banco Central: redução do desemprego no Brasil não é sustentável

Diretor de Política Econômica do BC Carlos Hamilton Araújo diz que mercado de trabalho deve passar por uma correção nos próximos trimestres, com aumento do desemprego

Por Da Redação
29 set 2014, 17h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O cenário de redução do desemprego, com taxas de desocupação atingindo mínimas históricas, não deve perdurar nos próximos trimestres. A avaliação foi feita pelo diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, nesta segunda-feira, durante apresentação do mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

    Publicidade

    Hamilton disse que “em linha com o ciclo econômico, o mercado de trabalho deve passar por uma correção nos próximos trimestres”. Ele ponderou, no entanto, que o BC não faz previsões para taxa de desemprego.

    Publicidade

    De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que analisa apenas as seis principais regiões metropolitanas do país, em agosto, a taxa de desemprego no país fechou o mês em 5%, o menor nível de desocupação para meses de agosto desde o nível da série histórica, em 2002.

    Leia mais:

    Publicidade

    Desemprego volta a subir em 2013, aponta Pnad

    O mercado de trabalho começa a sentir o baque

    Publicidade

    Continua após a publicidade

    IBGE reconhece: ‘mercado de trabalho não cria vagas formais como antes’

    Publicidade

    Relatório – No RTI divulgado nesta segunda-feira, o BC reduziu sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deste ano de 1,6% para 0,7%, ao mesmo tempo em que manteve praticamente inalterada sua visão sobre a inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A previsão central associada ao cenário de referência (considerando Selic a 11% ao ano e dólar a 2,25 reais) está agora em 6,3%, ante 6,4% na estimativa anterior, de junho.

    Hamilton defendeu que o cenário desenhado pela instituição não está defasado em função do câmbio atual. Ele admitiu que o repasse do movimento do dólar para a inflação existe e acrescentou que, se no RTI de dezembro a divisa norte-americana ainda estiver acima de R$ 2,40, as projeções serão revisadas.

    Publicidade

    “A evidência do repasse depende do tamanho da variação da taxa de cambio, de como esse repasse é percebido pelos agentes e da posição da economia no ciclo econômico”, observou.

    Leia também:

    Inflação do aluguel acelera e marca 0,2% em setembro

    Continua após a publicidade

    Prévia da inflação acelera para 0,39% em setembro

    Inflação deve convergir para a meta em 2016, diz BC

    Política fiscal – Hamilton admitiu pela primeira vez que a política fiscal será expansionista em 2014. Ele afirmou que a hipótese de neutralidade, do ponto de vista da inflação, não deve se confirmar, sinalização que já havia sido dada na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

    Ele ainda afirmou que a dinâmica da política fiscal levou a condições financeiras mais apertadas e a uma perda de confiança dos agentes de mercados. Para 2015 e 2016, no entanto, ele avalia que as evidências apontam para uma política fiscal mais neutra. “A política fiscal, no próximo ano, é mais importante do ponto de vista de fortalecer a confiança dos agentes do que para conter os desequilíbrios de demandas e oferta”, ponderou.

    (Com Estadão Conteúdo)

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.