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Após ultrapassar R$ 3,90, dólar perde fôlego e fecha a R$ 3,85

Moeda terminou em alta de 1,34%, em reação à decisão da agência de classificação de risco Standard & Poor's de retirar o selo de bom pagador do Brasil

Por Da Redação
10 set 2015, 17h18
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  • O dólar fechou com alta superior a 1% nesta quinta-feira, na casa de 3,85 reais, após a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) retirar o selo de bom pagador do Brasil. No entanto, a intervenção do Banco Central (BC) e a percepção de que a Fitch deve manter por enquanto o grau de investimento do país levaram a moeda americana a terminar longe da máxima da sessão, que foi de 3,91 reais. No fim da sessão, a dólar terminou com avanço de 1,34%, a 3,8504 reais na venda. De maneira geral, a percepção nas mesas de operações é que o dólar tende a rumar para a máxima histórica de quase 4 reais em breve, em uma trajetória de muitas oscilações.

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    Na máxima da sessão, logo após a abertura, a divisa dos Estados Unidos saltou 3,10% e alcançou 3,9173 reais, o maior nível intradia (durante o pregão) desde 23 de outubro de 2002 (3,9200 reais). Foi em 10 de outubro daquele ano que o dólar atingiu seus recordes intradia e de fechamento, de 4 e 3,990 reais, respectivamente.

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    “O dólar perto de 4 reais está precificando tudo que está acontecendo”, resumiu o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho. Segundo ele, novos problemas na política e na economia no Brasil, bem como altas da moeda americana nos mercados externos, devem elevar ainda mais a cotação da divisa ante o real. Para o gestor da Absolute Investimentos Roberto Campos, a alta da moeda americana, apesar de intensa, tem sido “comportada”, sem grandes fluxos de saída de dólares.

    Nesta quarta-feira, a S&P rebaixou o Brasil para “BB+”, ante “BBB-“, dias após o governo prever inédito déficit primário em 2016. Além de remover o grau de investimento, a agência sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva negativa para a nota de crédito brasileira, o que significa que novo rebaixamento pode ocorrer no curto prazo.

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    Além de se surpreender com a velocidade da ação da S&P, o mercado também se decepcionou com a entrevista coletiva do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante a tarde. “O discurso foi desnecessário. Não falou nada”, disse o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.

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    Intervenção – O avanço da moeda americana foi amortecido, no entanto, porque o BC anunciou leilão de venda de até 1,5 bilhão de dólares com compromisso de recompra. O BC também deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, vendendo a oferta total de até 9,45 mil contratos, que equivalem a venda futura de dólares. Ao todo, já rolou o correspondente a 3,181 bilhões de dólares.

    Declarações da analista sênior da Fitch Shelly Shetty de que a agência ainda vê elementos apoiando o grau de investimento do Brasil também aliviaram um pouco a pressão cambial, ao reduzir as expectativas de que o país poderia perder o selo de bom pagador por outras agências. A Fitch classifica o Brasil atualmente em “BBB”, com perspectiva negativa, ainda dois níveis acima do grau especulativo.

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    (Com agência Reuters)

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