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Quem é Amanda Gorman, jovem poeta que declamou versos na posse de Biden

Aos 22 anos, Amanda começou a escrever para corrigir problema de fala e se tornou a mais jovem poetisa a participar de uma cerimônia de posse americana

Por Amanda Capuano Atualizado em 20 jan 2021, 18h20 - Publicado em 20 jan 2021, 16h25
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  • Há duas semanas, Amanda Gorman, 22 anos, enfrentava dificuldades para terminar a obra mais importante da sua vida até então: o poema The Hill We Climb (A colina que escalamos, em tradução literal), escrito especialmente para a cerimônia de posse que sagrou Joe Biden como novo presidente do Estados Unidos, nesta terça-feira, 20. A obra ganhou seus últimos versos no dia 6 de janeiro, depois que apoiadores fervorosos de Donald Trump tomaram o Capitólio americano para questionar a vitoria do presidente-eleito. Ao declamar a poesia no Inauguration Day, Amanda se tornou a poeta mais jovem a participar da cerimônia, que já teve nomes como Robert Frost, Maya Angelou e Miller Williams.

    Segundo a imprensa americana, Jill Biden, a mais nova primeira-dama do país, e professora doutora em língua inglesa, foi quem indicou o nome de Amanda para a cerimônia de posse. Em entrevista à Associated Press, Amanda revelou que os organizadores não lhe disseram exatamente o que escrever, mas pediram que ela passasse uma mensagem de união e evitasse depreciar quem quer que seja, até mesmo o governo anterior. Assim, o poema seguiua linha dos discursos de Biden, comedidos e envoltos em uma atmosfera de conciliação, dada a atual polarização do país, mas sem descartar a fragilidade do momento atual.

    Amanda Gorman, poeta laureada da juventude, durante cerimônia de posse de Joe Biden
    Amanda Gorman, poeta laureada da juventude, durante cerimônia de posse de Joe Biden (Rob Carr/Getty Images)

    “Eu não estava tentando escrever algo que aquele evento [a invasão ao Capitólio] fosse pintado como uma irregularidade ou algo diferente da América que eu conheço. Os Estados Unidos estão bagunçados e ainda estamos no início do desenvolvimento de tudo o que podemos ser. Eu precisava reconhecer isso no poema, não poderia ignorar ou apagar este fato. Escrevi uma poesia de posse que reconhece essas cicatrizes e feridas com a esperança de que iremos nos curar”, explicou em entrevista ao Los Angeles Times.

    No texto, ela diz: “Presenciamos uma força com o poder de quebrar a nossa nação ao invés de compartilhá-la/ Que destruiria o nosso país se isso significasse atrasar a democracia/ Esses esforços quase foram bem-sucedidos/ Mas enquanto a democracia pode ser periodicamente atrasada/ Ela nunca pode ser permanentemente derrotada/ Nessa verdade, nesse destino, nós confiamos/ Por um tempo mantivemos os olhos no futuro,/A história tem seus olhos abertos sobre nós/Esta é a era da redenção”.

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    Este, porém, não é o primeiro feito da poetisa, nascida e criada em Los Angeles. Aos 16 anos, Amanda foi aclamada como Poeta Laureada da Juventude na cidade natal. Anos depois, em 2017, conquistou a mesma honraria, mas em nível nacional. No mesmo ano, ela declamou o poema In This Place (An American Lyric), de sua autoria, na cerimônia de aclamação de Tracy K Smith como a 22ª poeta laureada dos Estados Unidos. O poema condena as marchas de supremacistas brancos em Charlottesville e coloca a poesia como uma forma de resistência. Ela também já declamou seus textos poéticos para nomes como Al Gore, Hillary Clinton, Malala Yousafzai e Lin-Manuel Miranda.

    Filha de uma professora primária, Amanda começou a escrever em diários nos parquinhos da escola, como uma forma de lidar com dificuldades que enfrentava na fala. Aos 14, passou frequentar a ONG Write Girl, que incentiva a escrita criativa de adolescentes em Los Angeles. “Quando você precisa se forçar a aprender determinados sons, quando precisa estar sempre atenta à sua pronúncia, isso te dá uma certa consciência de sonoridade e da experiência do ouvinte”, contou em entrevista ao Los Angeles Times.

    Amanda publicou seu primeiro livro em 2015, intitulado The One for Food Is Not Enouh (Aquela para a qual a comida não é o suficiente, em tradução literal). No ano passado, se formou com honras em sociologia na Universidade de Harvard, uma das mais renomadas do país, e tem dois livros programados para serem lançados, uma coletânea de poesias e uma obra infantil.

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