Museu Imperial em Petrópolis: até onde vão os estragos da chuva
Instituição abriga tesouros da história da monarquia no país, como as coroas de Dom Pedro I e Pedro II, e a pena usada para assinar a Lei Áurea
O temporal que atingiu Petrópolis nesta terça-feira, 15, deixou um rastro de destruição na cidade histórica do Rio de Janeiro. A região central e turística do município, onde fica o Museu Imperial, ficou alagada, o que impossibilitou que visitantes e funcionários saíssem da instituição até a manhã desta quinta-feira. O museu está fechado para a visitação e soltou um comunicado nesta tarde, falando sobre seu estado.
Segundo o texto, o “Palácio não sofreu danos e o acervo permanece preservado”. Porém, o entorno do museu está em estado de alerta e a Defesa Civil foi acionada para avaliar as estruturas e edificações da construção. “Dois prédios do Complexo, onde funcionam o refeitório e vestiário dos funcionários, estão comprometidos em decorrência de um deslizamento no terreno anexo. Ambos foram interditados por medidas de segurança. Uma pequena barreira atingiu os fundos do Pavilhão das Viaturas, porém não houve danos.”
Aberto ao público em 1943, o Museu Imperial, instalado no antigo Palácio de Verão do imperador Dom Pedro II, abriga um vasto acervo com peças raras e documentos sobre a história do Império no Brasil. Entre 250.000 itens estão cartas e joias da antiga família real brasileira; obras de arte; as coroas usadas por Dom Pedro I e por seu filho, Pedro II, assim como o cetro utilizado por eles e seus devidos tronos. Também está lá a pena de ouro cravejada de pedras preciosas usada pela princesa Isabel para assinar a Lei Áurea, que extinguiu a escravidão no país.