Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Histórico do Brasil no Grammy revela força da música ‘para gringo ouvir’

País é presença constante na premiação, porém os americanos continuam a olhar apenas para gêneros como o jazz, a MPB e a bossa nova

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 mar 2021, 12h37 - Publicado em 11 mar 2021, 12h31

Desde as primeiras edições do Grammy Awards, há mais de 60 anos, os brasileiros sempre marcaram presença em uma das mais prestigiosas premiações da música internacional. Neste domingo, 14, não será diferente. Com a indicação de Bebel Gilberto, na categoria de álbum de música global, e Chico Pinheiro, em álbum de jazz latino, os dois artistas serão os únicos brasileiros a representarem o país na edição deste ano. As merecidas indicações reforçam o favoritismo do país nestas duas categorias, quase sempre vencida pelos brasileiros. Por outro lado, elas evidenciam também que a Academia americana, responsável pelo prêmio, até hoje, ainda não conseguiu enxergar no Brasil outros talentos em categorias, digamos, mais pop, como o rock, por exemplo. 

Não há o que negar, no entanto, que o Brasil sempre foi representado no Grammy por grandes artistas: João Gilberto, Astrud Gilberto, Eumir Deodato, Sérgio Mendes, Milton Nascimento, Tom Jobim, Gilberto Gil e Thalma de Freitas foram alguns deles. Outros, igualmente brilhantes, porém menos conhecidos das massas, também já foram indicados, como Laurindo Almeida, Eliana Elias e Diego Figueiredo.

O Brasil é sempre um dos favoritos nas categorias ligadas ao jazz, muito por causa da enorme influência que a bossa nova causou quando foi lançada. Não por acaso, o ano de 1964 foi um dos mais vitoriosos para o país. O pai de Bebel, João Gilberto (1931-2019), indicado seis vezes, até hoje é o único artista brasileiro a ganhar o prêmio mais importante da noite: o de álbum do ano, justamente em 1964, por Getz/Gilberto, em parceria com o saxofonista Stan Getz. Sua ex-mulher Astrud Gilberto, que completou 80 anos em 2020, também ganhou uma estatueta em 1964, na categoria gravação do ano por sua versão em inglês de Girl From Ipanema. A noite ficou completa com a vitória de Laurindo Almeida, na categoria melhor álbum de um grupo de jazz, por Guitar From Ipanema

Continua após a publicidade

O talentosíssimo violonista Laurindo Almeida (1917-1995), aliás, é até hoje o brasileiro mais vitorioso do Grammy, com 11 indicações e seis vitórias, justamente em categorias relacionadas ao jazz. É dele, por exemplo, a trilha sonora do curta-metragem The Magic Pear Tree, indicado ao Oscar em 1969. 

Porém, é na categoria melhor álbum de world music que os brasileiros mais se destacaram. A categoria sempre foi criticada por não se ater a um gênero definido, criada para abraçar ritmos, digamos, mais exóticos. Ou seja, ela é uma espécie de “categoria pra gringo ouvir”. Sergio Mendes, Milton Nascimento, Gilberto Gil e João Gilberto foram alguns dos brasileiros que ganharam estatuetas nesta categorias. Temos talentos musicais de sobra no país com músicas para gringo nenhum botar defeito. 

A cerimônia do Grammy será apresentada por Trevor Noah e exibida neste domingo a partir das 21h (horário de Brasília). Nos Estados Unidos, ela será transmitida pelo canal CBS e pela plataforma de streaming Paramount+. No Brasil, o Grammy terá a transmissão da TNT.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.