Um articulista do jornal britânico The Guardian avaliou a arquitetura dos prédios do parque olímpico do Rio de Janeiro como simples e pouco alegre. Mas, para Oliver Wainwright, colunista especializado em arquitetura e design, o resultado, digamos, austero já era esperado para uma edição dos Jogos que trabalhou com limitação no orçamento devido à crise financeira do país.
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A publicação britânica destaca que grande parte das arenas esportivas no parque olímpico são temporárias, e que darão espaço a luxuosos apartamentos após os Jogos. E que a favela com 600 famílias que existia ali foi demolida para ceder a área ao mega-evento.
O jornalista vê com bons olhos a ideia por trás da Arena do Futuro, sede das partidas de handebol, projetada em parceria por um escritório brasileiro de arquitetura e um britânico. Após a Rio-2016, o estádio será desmontado e partes da sua estrutura servirão para a construção de quatro escolas públicas. Segundo Wainwright, em Londres-2012 existia um plano similar para algumas das obras, que não chegou a ser concluído devido ao alto custo de adaptação.
O artigo ainda relembra os diversos desafios que a Rio-2016 enfrentou, como a queda de uma rampa na arena da vela, e os diversos problemas na vila olímpica, que são prédios de alto padrão, mas com muitos vazamentos, infiltrações, mofo e buracos no teto dos apartamentos.
Os elogios da publicação britânica foram para o design dos mascotes, feito pela Birdo, uma empresa de animação paulista. Segundo o articulista, Vinícius e Tom são tão alegres que faziam os atletas esquecerem os apartamentos quebrados na vila olímpica.
A pira olímpica também foi elogiada pelo jornal britânico, devido à sua mensagem de consciência ambiental, com a menor chama das edições recentes dos Jogos, e pela belíssima escultura do americano Anthony Howe, que a completa — uma espécie de mandala que gira sem parar.