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COI: Rio-2016 ocorre em país em crise ‘sem precedentes’

Em discurso em congresso que abre os Jogos, Thomas Bach afirmou que situação do Brasil transformou a preparação do evento em uma tarefa 'desafiadora'

Por Da redação
1 ago 2016, 21h58

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, disse nesta segunda-feira em discurso de abertura do congresso do COI, que oficialmente abre os Jogos Olímpicos, que o Brasil passa por uma crise “política e econômica sem precedentes”. Segundo ele, essa situação “extraordinária” transformou a preparação do evento em uma tarefa “desafiadora”.

O discurso foi feito diante do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e do representante do presidente em exercício, Michel Temer, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani. A festa reuniu a cúpula do esporte mundial e contou com show das cantoras Céu e Daniela Mercury.

Bach disse que o evento veio para transformar a cidade em um momento “que o país está politicamente, economicamente e socialmente dividido. A transformação do Rio é histórica”, afirmou. “Se lembrarmos o que todos tivemos que superar, seremos capazes de apreciar os esforços sem paralelos de nossos amigos brasileiros.”

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Para Bach, a crise coloca em “perspectiva” o que os organizadores conseguiram realizar. “Essa tem sido uma viagem longa e que testou a todos: os acionistas do movimento olímpico, nossos amigos brasileiros e o COI. Não é um exagero dizer que os brasileiros têm vivido tempos extraordinários.”

Para ele, “a primeira Olimpíada na América do Sul” está pronta. “Os cariocas estão prontos, os brasileiros estão prontos, as instalações estão prontas e os atletas também”, disse.

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Evento catalisador – Bach diz que, para ele, o Rio não seria o mesmo hoje sem os Jogos como um “catalisador”. “A história vai falar do Rio antes e depois dos Jogos”, insistiu. O alemão ainda elogiou como as crises, como a que aconteceu na Vila Olímpica, foram resolvidas com “a cooperação de todos”.

Em seu discurso, Bach elogiou o presidente do Comitê Organizador Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman, e Eduardo Paes, além de afirmar que os sete anos de preparação tiveram um impacto social e econômico para a cidade carioca. “Desde que o Rio foi escolhido para sede, o PIB per capta aumentou em 30% e foi a população mais pobre que mais ganhou”, disse.

Solidariedade – Bach também usou o discurso diante da cúpula do mundo esportivo para falar dos pedidos que, nos últimos meses, tem feito a diversos grupos para que entendam a crise no Brasil e não façam muitas exigências.

Antes de a festa começar e em uma reunião de trabalho entre os dirigentes, algumas delegações se queixavam abertamente a Christophe Dubi, diretor-executivo do COI, das condições de alguns locais de competição.

“Vocês demonstraram grande solidariedade”, disse Bach aos presidentes de federações. “Obrigado pela contribuição, compreensão e flexibilidade sob circunstâncias extraordinárias”, afirmou. “A família olímpica sempre é melhor quando está unida.”

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Por meses, Bach foi atacado por diferentes grupos esportivos, dirigentes e federações diante da recusa do Rio em realizar as obras que estavam originalmente planejadas.

No último domingo, uma das federações que mais se queixava era a de judô. “Não está pronto. Os assentos não estão no lugar e faltam muitos detalhes”, disse uma das representantes da Federação Internacional de Judô.

Francesco Ricci Bitti, presidente das Associações de Federações Internacionais, também falou que há trabalho ainda por ser feito: “Algumas das instalações não estão prontas.”

Andy Hunt, CEO da Federação Internacional de Vela, também apontou que “todos” abriram mão de requisitos que haviam enviado aos organizadores dos eventos no Rio. Segundo ele, as instalações para suas competições também não estão concluídas.

(Com Estadão Conteúdo)

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