Regina Duarte adotou um método de trabalho desde que entrou em quarentena. Nos tempos em que despachou de seu apartamento dos Jardins, em São Paulo, a secretária de Cultura gravou todas as reuniões por videoconferências que teve com secretários e ministros do governo de Jair Bolsonaro. Em alguns dias de expediente, foram mais de seis conversas. Segundo ela, o objetivo é de caráter metodológico: gosta de fazer anotações e traçar estratégias ao rever o conteúdo. Além das gravações em si, também é feito uma ata de todas as conversas e reuniões. A passagem dela pelo governo federal, breve ou longa, será bastante documentada. Regina afirma pedir permissão aos interlocutores antes de gravar as conversas.
Após Bolsonaro mostrar desconforto com Regina trabalhando de São Paulo, ela passou a despachar de Brasília nesta semana. Está na agenda dela um almoço nesta quarta, 6, com o presidente. Assunto não vai faltar. Nas últimas semanas, ela tem sido desautorizada publicamente — o episódio mais recente envolve a novela da exoneração, nova nomeação e posterior cancelamento da contratação de Dante Mantovani para presidir a Funarte.