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O que é Herpes Zóster, que Damares Alves diz ter

E por que o uso da máscara é ineficaz, segundo neurocirurgião Roberto Oberg

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 9 mar 2023, 13h00

Damares Alves (PL) declarou nesta semana ser portadora do vírus de Herpes Zóster, por isso estaria usando máscara no plenário do Senado. A coluna ouviu o neurocirurgião Roberto Oberg, que já realizou fellowship na Universidade de Dresden na Alemanha e posteriormente especialização na Universidade Federal de São Paulo, para explicar o que causa da doença que a senadora diz ter.

“Geralmente, é decorrente da reativação do vírus da varicela em latência, ocorrendo em adultos e pacientes imunocomprometidos, como portadores de doenças crônicas, neoplasias, Aids e outras. Após a fase de disseminação hematogênica, em que atinge a pele, caminha pelos nervos periféricos até os gânglios nervosos, onde poderá permanecer, em latência, por toda a vida. Causas diversas podem levar a uma reativação do vírus, que, caminhando pelo nervo periférico, atinge a pele, causando a erupção do herpes zóster. A maioria dos doentes refere, antecedendo às lesões cutâneas, dores nevrálgicas (nos nervos), além de parestesias, ardor e prurido locais, acompanhados de febre, cefaleia e mal-estar”, explica o especislista.

Ainda segundo Oberg, a Síndrome de Ramsay Hunt, considerada uma doença rara e descrita pela primeira vez em 1907, se caracteriza pela associação entre paralisia facial periférica e surgimento de lesões em alguns nervos cranianos como o nervo facial que controla a contração da musculatura do rosto, gerando uma inflamação local e fazendo com que o nervo pare de funcionar parcialmente ou totalmente. A doença é causada pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora, condição que tende a aparecer pelo menos uma vez na vida, sobretudo na infância.

“Os principais sinais e sintomas da Síndrome de Ramsay Hunt são a paralisia facial, dor ou zumbido no ouvido, perda da audição, movimentos involuntários e repetitivos dos olhos, sensação de tonturas ou vertigem, lesões próximas a orelha, língua e céu da boca. A doença não é contagiosa, mas a transmissão do varicela-zóster pode ocorrer principalmente pelo contato direto com as lesões causadas pelo vírus. Pessoas que nunca tiveram catapora ou nunca tomaram a vacina contra varicela têm mais riscos de contaminação. O tratamento do problema envolve o uso de alguns medicamentos, como os antivirais, que apresentam eficiência comprovada, e corticoides, que ajudam a reduzir o inchaço do nervo”, continua o médico.

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As principais formas de prevenção, sobretudo para quem nunca teve contato com o varicela-zóster, segundo Oberg, é lavar as mãos regularmente e nunca compartilhar objetos pessoais. Também é importante ressaltar que o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacina contra a catapora para os seguintes grupos: crianças a partir de 12 meses e adolescentes e adultos suscetíveis que não tiveram a doença antes.

 

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