Em maio de 2016, Luiza Brunet foi agredida em um hotel em Nova York pelo então companheiro Lírio Parisotto. Na época, ela denunciou a violência e entrou com processo contra o empresário. Lírio foi enquadrado na Lei Maria da Penha em 2019, mas Brunet ainda tenta provar que viveu uma união estável com ele entre os anos de 2011 e 2016. Glória Maria, assim que soube do caso, foi a primeira a ligar para a amiga e demonstrar seu apoio. Em conversa com a coluna, Luiza – que será musa do camarote Allegria com a bandeira contra o feminicídio – relembra o conselho que recebeu da amiga jornalista, que faleceu na quinta-feira, 2.

“Quando eu resolvi fazer a denúncia, ela ligou para mim e falou assim: ‘Eu estou muito orgulhosa de você, você é uma mulher corajosa. Se prepare que vai ser difícil, né?’. Ela foi muito maravilhosa, não só ela, mas outras também, mas ela foi a primeira que pegou o telefone e ligou para mim para me dar apoio. Isso foi muito importante. Sem apoio a gente não faz nada. Eu tenho feito até mudanças em cartilhas para mulheres. Recebo a cartilha de alguns para mudar, colocar tópicos que são importantes, porque a mulher na violência esquece tudo que sabe. Ela não consegue lembrar nem o número da mãe, fica completamente em branco. É importante essa sororidade. Ninguém acha que vai sofrer violência, entende? Então tem que ter uns tópicos na cabeça. Primeira coisa é fazer a denúncia, onde é que eu vou? Pra quem ligo”. 

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