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Ramos diz que ‘não tem nada certo’ sobre a Copa América no Brasil

Chefe da Casa Civil de Bolsonaro afirmou, no Planalto, que o evento, 'caso se realize', não terá público

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 Maio 2021, 19h23

Horas depois de a Conmebol anunciar que a Copa América 2021 será realizada no Brasil e agradecer o presidente Jair Bolsonaro e a CBF “por abrir as portas do país”, o governo federal colocou em dúvida a realização da competição na noite desta segunda-feira. O evento tem início marcado para o dia 13 de junho, daqui a duas semanas.

O ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, convocou a imprensa para fazer um pronunciamento no Palácio do Planalto e afirmou que o governo brasileiro recebeu uma demanda da CBF sobre a realização do evento, tendo em vista que a Argentina e a Colômbia abriram mão da competição por problemas internos.

Ramos relatou que entrou em contato com Bolsonaro, que o orientou a convocar uma reunião com os “ministérios mais importantes do evento”. Ramos estava acompanhado do secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, e do secretário especial do Esporte, Marcelo Reis Magalhães, ligado ao Ministério da Cidadania.

“É importante destacar que esse evento, caso se realize, não terá público. Tem saído algumas notícias com relação ao público… não terá público”, anunciou o chefe da Casa Civil.

Ele acrescentou que, no momento, dez seleções participariam da Copa América, com no máximo 65 integrantes por delegação, com ficou acordado em uma reunião do governo federal com a CBF, por videoconferência.

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O ministro afirmou ainda que a “imposição” do governo junto à Confederação Brasileira de Futebol é que todos os participantes estejam vacinados, inclusive os da seleção brasileira. “Até agora há documento firmado, apenas essas tratativas”, comentou.

Sobre a escolha das sedes, ele disse que será responsabilidade da CBF, a qual caberá consultar os Estados.

Ramos então reclamou do questionamento sobre por que o Brasil vai sediar a Copa América durante uma pandemia.

“Senhores, primeiro que foi uma demanda realizada via CBF, pela Conmebol. Outra coisa: estamos em plena pandemia, numa situação difícil, só que o Campeonato Brasileiro envolve 20 times na Série A e 20 times nas Série B. Ou seja, estão ocorrendo jogos em todo o Brasil”, justificou o ministro.

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“Fora esse detalhe, acabou na semana passada os campeonatos estaduais. Então, com relação à realização dos jogos da Copa América, que serão poucos, não sei por que algumas pessoas se pronunciaram contra o evento”, complementou, apontando que esse “quesito” foi muito criticado por alguns governadores e outras pessoas.

“Ainda não tem nada certo, quero pontuar de uma forma bem clara. Estamos no meio do processo. Mas não vamos nos furtar a uma demanda, caso seja possível, de atender”, concluiu Ramos.

O secretário do Esporte, Marcelo Magalhães, então reforçou que o governo foi demandado pela CBF pela manhã e está fazendo os esforço para caso venha a realizar a Copa América. E frisou que o evento é “totalmente privado”.

“O governo federal apenas dará toda a parte de estrutura para a entrada dessas equipes no país. Basicamente isso”, comentou o secretário.

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Ramos disse que iria fazer ligações para a CBF para verificar detalhes e que a posição final deve ficar para estar terça-feira.

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