Seguem desrespeitando qualquer limite os filhos do presidente da República. O pior é que agem em sintonia com o pai. Foi-se o tempo em que o vereador Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, que possuía a senha das páginas do pai nas redes sociais, escrevia nelas como se fosse ele. Provocou grandes confusões com isso.
Carlos, ontem, em sessão da Câmara Municipal do Rio, chamou repetidas vezes de canalha um vereador do PT que chamara seu pai de genocida. Até aí, jogo jogado. Um filho sai em defesa do pai. Não precisa de sua prévia autorização. Carlos não é mais o garoto que chegou para tomar posse na Câmara de mãos dadas com o pai.
Mas, Eduardo, o Zero Três, hein? Que depois de voltar de Israel onde foi obrigado a usar máscara, gravou um vídeo em resposta a seus críticos mandando que enfiassem a “porra” da máscara “no rabo?” Em live no Facebook, seu pai havia falado da carta de um suposto suicida que se matara devido ao isolamento social.
Momentos depois, nas redes sociais, Eduardo publicou foto da carta e do cadáver de um homem que, segundo ele, morreu endividado. “Carta antes do suicídio” foi o título da postagem. Ele aproveita para dar condolências à família do suposto suicida. Muitos internautas reprovaram o gesto, mas muitos apoiaram.
Entidades como o Centro de Valorização da Vida (CVV) desaconselham a divulgação de cartas, bilhetes e fotos de suicidas. A Organização Mundial da Saúde (OMS), também. Eduardo e seu pai estão nem aí para o risco de multiplicação do episódio dado ao alarde feito por eles. É a política bandida do vale tudo.
Leia também:
- Decisão desastrada de Fachin muda jogo político e reforça polarização.
- Mesmo com concessões, governo vê PEC Emergencial como ganho institucional.
- Vacinação: no pior momento da pandemia, principais autoridades do país ensaiam reação.
- Economia do Brasil segue travado por incerteza do futuro.