Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski devem estar orgulhosos nesta sexta-feira, 16, com a revelação de que eles seriam afastados do Tribunal Superior Eleitoral – e investigados – em um golpe de Estado bolsonarista.
Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Dias Toffoli, não. Nenhum democrata, defensor do estado democrático de direito, se orgulha de ser visto com bons olhos por aqueles que querem rasgar a Constituição.
Como mostrou Robson Bonin de VEJA, os três últimos seriam convocados para substituir os colegas de toga em um macabro plano golpista intitulado de “Forças Armadas como poder moderador”. O documento foi encontrado no celular de tenente-coronel Mauro Cid.
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o militar estava sob posse de um detalhado roteiro roteiro para anular as eleições – um golpe com a ajuda das Forças Armadas para manter o líder da extrema-direita brasileira no poder.
O Brasil precisa urgentemente compreender quem são todos os fardados da ativa e da reserva, assim como os civis do antigo governo – como o ex-ministro da Justiça Anderson “Minuta do Golpe” Torres – que queriam destruir os alicerces da República.
Em um contexto em que as sedes dos Três Poderes são destruídas, golpes de Estado discutidos por oficias de alta patente – todos seguidores de um ex-presidente que atacava o Supremo Tribunal Federal e o Congresso – é aceitável dizer que o Brasil esteve perto de um conflito, uma batalha.
Atribuída ao escritor Ernest Hemingway, o conhecido diálogo a seguir reflete bem o que só um desses trios da mais alta corte do país deve estar sentindo no momento:
– Quem estará nas trincheiras ao teu lado?
– E isso importa?
– Mais do que a própria guerra…