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Por José Benedito da Silva
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Adriana Ferraz. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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O ministro mais performático do governo Bolsonaro

Na retórica de Abraham Weintraub, não basta o argumento; sempre há espaço para algum recurso dramático

Por Leonardo Lellis Atualizado em 30 Maio 2019, 13h00 - Publicado em 30 Maio 2019, 12h41

Quase um artista. Desde que assumiu o Ministério da Educação, Abraham Weintraub vem se notabilizando pelo caráter, digamos, performático que tenta dar às suas declarações e manifestações públicas em defesa de sua gestão — um artifício recorrente em um ambiente hoje hostil ao titular da pasta por obra dos manifestantes que tentam dar ares teatrais aos protestos de que participam.

Em sua última “atuação”, Weintraub socorreu-se de sua verve artística para rebater uma notícia sobre as consequências do bloqueio no orçamento do ministério nas obras de reconstrução do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, destruído em um incêndio em setembro do ano passado.

Rodando um guarda-chuva ao som da trilha sonora do filme Cantando na Chuva, Weintraub anuncia, sorrindo, enquanto a câmera se aproxima em close: “Está chovendo fake news!”. “Novamente um veículo de comunicação das pessoas que estão de mal com a vida tentam macular a imagem do MEC”.

Segundo sua versão, 55 milhões de reais estavam destinados à recuperação do museu por meio de emendas parlamentares, mas a bancada do RJ resolveu reduzir este valor em 12 milhões de reais. O público, entretanto, não perdoou a escorregada na gramática quando o ministro errou a conjugação do verbo e deixou escapar um “haviam emendas” na explicação.

“Nada a ver com o MEC. Mesmo que eles não tivessem reduzido e o dinheiro estivesse prontamente disponível para ser gasto, o projeto ainda não está protocolado, então não daria para começar as obras. Infelizmente, mais uma mentira. Para de chover aqui no MEC. Até mais!”

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Na retórica do ministro, não basta o argumento. Sempre há espaço para algum recurso dramático. Foi assim quando usou “chocolatinhos” em um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para explicar o bloqueio de verbas da educação que tem fermentado os mais ruidosos (e numerosos) protestos contra o governo.

Para justificar as notas baixas em seu boletim no início da graduação em Economia na Universidade de São Paulo, no início dos anos 1990, o ministro abriu a camisa para mostrar uma cicatriz de 15 centímetros no ombro, resultado de um acidente que sofreu na época. Weintraub definiu o período como um “inferno”.

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Como sempre faz, também registrou no Twitter o momento em que “não resistiu” ao ser surpreendido por um coral que cantava “Como é grande o meu amor por você”: de colete e sem paletó, sacou uma gaita, franziu o cenho, fechou os olhos e tentou acompanhar o grupo na melodia.

PODCAST FUNCIONÁRIO DA SEMANA

Ouça o episódio abaixo e conheça a história e as polêmicas de Abraham Weintraub, o ministro da Educação de Bolsonaro.

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