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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

Após aprovação no Senado, Zanin começa a desistir das defesas de Lula

Próximo ministro do STF foi advogado do presidente da República e do PT nos últimos anos

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2024, 23h40 - Publicado em 22 jun 2023, 14h52

Poucas horas depois de ter seu nome aprovado pelo Senado para ser o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o ainda advogado Cristiano Zanin Martins começa a desistir de advogar para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para o Partido dos Trabalhadores. Nesta quinta-feira, 22, Zanin protocolou em diversas ações judiciais um pedido para que seu nome seja retirado das ações. Nelas, o nome de sua esposa e sócia, Valeska Teixeira Zanin Martins, assim como de outros advogados associados, continua.

No Tribunal Superior Eleitoral, o futuro magistrado renunciou aos poderes que lhe foram concedidos em todos os processos movidos pela Coligação Brasil da Esperança — formada por PT, PV e PCdoB –, contra a chapa do então candidato a reeleição, Jair Bolsonaro, em 2022.  Nas ações inversas, de Bolsonaro contra Lula e seu partido, Zanin também abriu mão da defesa.

No tribunal em que atuará, Zanin também desistiu de ações em que aparece como defensor de Lula. Uma que pediu as anulações de provas da Odebrecht e outra em que o ex-juiz Sergio Moro foi declarado suspeito também foram objeto de petições do advogado.

Na sabatina realizada na quarta, 21, Cristiano Zanin afirmou que atuará no Supremo sem qualquer tipo de subordinação ao seu ex-cliente. “Evidentemente que em todo o processo que eu tenha atuado como advogado, seja qual for a parte que eu tenha patrocinado seus direitos e interesses, eu não poderei, se aprovado for, julgar esses processos no STF. Para mim, é muito claro”, afirmou aos parlamentares. 

 

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