2021, o ano que ainda não terminou em Brasília
Anarquia produzida pelo acordo Jair Bolsonaro-Centrão no Orçamento de 2022 está conduzindo a um inédito movimento, capitaneado pela elite do serviço público
Em Brasília, 2021 é um ano que ainda não terminou. A anarquia produzida pelo acordo Jair Bolsonaro-Centrão no Orçamento de 2022 está conduzindo a um inédito movimento grevista no funcionalismo, capitaneado pela elite dos servidores públicos.
Pode ganhar forma unificada a partir do dia 18. Funcionários da Receita Federal e do Banco Central apostam na adesão de segmentos do Ministério da Economia, como as seções de Orçamento, Planejamento, Procuradoria da Fazenda Nacional, e, também, de áreas da advocacia da União.
Se confirmada, será a primeira greve de funcionários públicos que ganham acima de R$ 20 mil por mês, em média, baseada em reivindicação de isonomia salarial. Querem equiparação com agentes federais.
Alegam que o aumento anunciado por Bolsonaro, antes das férias e da internação hospitalar, tende a levar delegados da Polícia Federal a patamar de salário equivalente ao de juízes de tribunais superiores, acima de R$ 33 mil.
A maioria do funcionalismo, cujos ganhos oscilam na faixa de R$ 5 mil a R$ 7 mil mensais, se mantém silenciosa. Por enquanto.