Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Augusto Nunes Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Coluna
Com palavras e imagens, esta página tenta apressar a chegada do futuro que o Brasil espera deitado em berço esplêndido. E lembrar aos sem-memória o que não pode ser esquecido. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

‘Cala-te, boca’, por Carlos Brickmann

PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN CARLOS BRICKMANN 1 – Do ex-presidente Lula, citado pela colunista Mônica Bérgamo, sobre o então candidato a ministro do Supremo Luiz Fux: uma pessoa que tem ao mesmo tempo o apoio de Delfim Netto e João Pedro Stedile não merece confiança. Fux, que chegou ao Supremo pelas mãos da […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 06h27 - Publicado em 17 abr 2013, 11h39

PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN

CARLOS BRICKMANN

1 – Do ex-presidente Lula, citado pela colunista Mônica Bérgamo, sobre o então candidato a ministro do Supremo Luiz Fux: uma pessoa que tem ao mesmo tempo o apoio de Delfim Netto e João Pedro Stedile não merece confiança.

Fux, que chegou ao Supremo pelas mãos da presidente Dilma, não é o único que tem ao mesmo tempo o apoio de Delfim Netto e João Pedro Stedile. O todo-poderoso ministro da ditadura militar e o todo-poderoso comandante do Movimento dos Sem-Terra dão apoio ao mesmo tempo também a Dilma. E a Lula.

2 – Está para começar uma ampla ofensiva publicitária do PT, comandada pelo marqueteiro de Lula e Dilma, João Santana, em favor do financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais. Objetivo: juntar um milhão e meio de assinaturas numa proposta que proíba pessoas e empresas de contribuir para campanhas eleitorais. O financiamento privado de campanhas eleitorais seria crime inafiançável – mais grave, portanto, do que homicídio. Slogan da campanha: “É dinheiro sujo”.

Continua após a publicidade

Pois é: a campanha eleitoral de Dilma Rousseff, do PT, custou oficialmente R$ 177 milhões, obtidos por doações de pessoas e empresas privadas. Os acusados do Mensalão tentaram desqualificar seus crimes dizendo que tudo era apenas caixa 2 – ou seja, além de receber o tal dinheiro sujo, ainda deram um jeito de não contabilizá-lo. O tesoureiro Delúbio Soares disse que o PT usou “recursos não contabilizados”. O presidente Lula, naquela famosa entrevista em Paris, disse que o PT, seu partido, tinha operado uma caixa 2. Inafiançável!

Seu dinheiro
As informações de Lula e do PT revelam muito sobre a política brasileira. Mas não mostram exatamente quais as vantagens que o partido levará com o tal financiamento público de campanha. É simples: pelo sistema, cada partido recebe do Tesouro uma determinada quantia por voto conquistado nas últimas eleições. O PT e o PMDB, os maiores partidos, receberão as maiores quantias.

A história de que financiamento público evita a corrupção não se sustenta: na Alemanha, onde há financiamento público, e onde a Polícia é excelente, o primeiro-ministro Helmut Kohl caiu quando se apurou que, além do financiamento público, ele costumava também arrecadar ilegalmente dinheiro particular.

A propósito, o caro leitor está disposto a pagar a campanha dos candidatos?

Questão de status
As empresas de Eike Batista perdem valor em bolsa, pedem apoio ao Governo Federal (já tomaram mais de R$ 11 bilhões e querem porque querem que a Petrobras viabilize outro empreendimento, o Porto do Açu), demitem: a OSX despediu 15% de seus funcionários, a OGX demitiu há pouco seu presidente e 30 empregados, principalmente na área financeira. Crise? Crise para os demitidos; talvez para o caro leitor, que será chamado, via Tesouro e estatais, para ajudar a pagar os prejuízos. Para o comando da empresa, o mundo é belo.

Continua após a publicidade

Nesta semana, a OGX anunciou um aumento de 66% nos pagamentos de Eike Batista e de outros quatro diretores. O custo total passa de R$ 7,4 milhões, em 2012, para R$ 12,3 milhões neste ano. E isso numa só empresa: em todas as outras do grupo os diretores (e Eike) têm bons salários, como se houvesse lucro. De certa forma, há: o Governo financia o lucro dos “empresários privados”.

Tomate é no prato
Não se impressione com os preços do tomate – seja em alta, seja em baixa. O preço do tomate oscilou devido a fatores climáticos, excesso de calor e tempestades, e rapidamente voltará aos níveis normais, ou próximo disso. É até provável que os preços fiquem abaixo dos habituais, já que muitos agricultores, estimulados pela alta de agora, resolvam plantar mais, aumentando a oferta. A mesma coisa acontece com a farinha de mandioca e com o feijão carioquinha. Porém, se a alta do tomate não é inflação, mas variação ocasional de preços, outros fatores sérios geram pressões inflacionárias muito fortes: gastos excessivos dos governos, investimentos baixos (ou seja, falta de mercadorias na praça, o que provoca a alta de preços), uma certa despreocupação com despesas oficiais.

É a Norte-Sul que só tem custos e não rende nada, porque não fica pronta; é a transposição do São Francisco, atrasadíssima; são os gargalos de infraestrutura, que aumentam os custos. E como age o Governo? Atrasado: primeiro, assiste ao congestionamento dos portos; depois, cobra soluções. Isso joga a inflação para cima.

O Homem de La Mancha
O projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2014 já foi enviado pelo Governo ao Congresso. O quadro que traça é o sonho de qualquer planejador: a economia vai crescer 3,5% em 2013 e 4,5% em 2014; a inflação será de 5,4% em 2013, cairá para 4,5% em 2014. Não lembra o início da música-tema de O Homem de la Mancha, na magnífica versão de Chico Buarque e Ruy Guerra?

Cantemos juntos: “Sonhar/ mais um sonho impossível”.

Continua após a publicidade

É minha lei, é minha questão
Como comenta o jornalista gaúcho Gilberto Simões Pires, em seu blog Ponto Crítico (www.pontocritico.com), “em matéria de economia, o Governo Dilma – petista adotou uma péssima estratégia: em time que está perdendo não se mexe”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.