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Em quatro décadas, planeta perdeu 58% dos animais selvagens

Relatório da Zoological Society of London (ZSL) e da Ong WWF alerta para redução de até dois terços da população de vertebrados até 2020

Por Da redação
27 out 2016, 19h48
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  • A população de animais selvagens do planeta caiu 58% entre 1970 e 2012 e, se nada for feito, o número pode chegar 67%, dois terços do total, em 2020. Os dados preocupantes fazem parte do relatório The Living Planet Report 2016, divulgado nesta quinta-feira pela Zoological Society of London (ZSL, na sigla em inglês) em parceria com a organização ambiental WWF. Segundo o estudo, a destruição da biodiversidade pode ter impacto profundo na sobrevivência humana, comprometendo a qualidade da água, alimentos e também as temperaturas globais.

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    “A perda não é apenas das maravilhosas espécies que amamos; a biodiversidade é a base de florestas, rios e oceanos saudáveis. Sem essas espécies, os ecossistemas entram em colapso junto com o ar limpo, a água e comida que nos fornecem. Temos ferramentas para consertar esse problema e precisamos usá-las agora, se quisermos preservar o planeta vivo para a nossa própria sobrevivência,” disse Marco Lambertini, diretor da WWF, em comunicado.

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    O estudo, realizado a cada dois anos, aponta as mudanças climáticas, a destruição dos habitats naturais e o tráfico de animais silvestres como as principais causas para a diminuição. A última pesquisa, publicada em 2014, mencionava uma queda de 52%, entre 1970 e 2010.

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    Declínio da biodiversidade

    Para chegar aos dados, os pesquisadores analisaram as mudanças no tamanho das populações de peixes, aves, mamíferos, anfíbios e répteis de 1970 a 2012. Mais de 14.000 populações de 3.700 espécies foram estudadas. Isso representa 6% do número total de vertebrados do mundo.

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    De acordo com os cálculos realizados, o grupo de animais terrestres caiu 38%. Os bichos de água doce tiveram queda de 81% e os animais marinhos, 36%. Segundo os pesquisadores, os vertebrados estão diminuindo a uma taxa de 2% ao ano.

    Entre as ameaças enfrentadas pelos animais estão o aumento da caça ilegal dos elefantes africanos, a caça predatória dos tubarões e dos lobos-guará, população que tem diminuído desde a década de 1980 no Brasil.

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    O novo estudo traz também algumas notícias positivas. Houve recuperação da população de espécies ameaçadas de extinção no passado, como o tigre-de-bengala e o urso panda, como já apontado em outros estudos.

    Invertebrados

    A abordagem do relatório tem sofrido críticas de alguns especialistas em relação a grupos que não foram incluídas nas análises, como as espécies de invertebrados. Em 2014, estudo da revista Science afirmou que houve declínio de 45% dessas populações desde 1970. A queda populacional dos vertebrados, no mesmo período, foi de 30%.

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    No início deste mês, sete espécies de abelhas amarelas, encontradas nos Estados Unidos, foram, pela primeira vez, incluídas na lista de espécies ameaçadas de extinção. Esse inseto é responsável pela polinização que garante a existência de quase 40% dos alimentos consumidos por nós.

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    “Ao analisar a origem de certos dados, não é de surpreender que eles venham maciçamente do Leste Europeu. Quando olhamos outras regiões, há poucas informações e os dados se tornam bem mais inexatos. Não há quase nada da América do Sul, da África e dos países tropicais em geral. Ao misturar os dados dessa maneira, fica difícil saber o exato significado dos números”, afirmou Stuart Pimm, professor de ecologia da Universidade Duke, nos Estados Unidos, à rede britânica BBC.

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