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‘Vivemos um pesadelo diário’, diz prefeito de Congonhas (MG) após tremor

José de Freitas Cordeiro (PSDB) relata momentos de pânico na cidade que abriga uma barragem cinco vezes maior do que a que se rompeu em Brumadinho

Por Mariana Zylberkan
26 nov 2019, 12h33

O prefeito de Congonhas (MG), José de Freitas Cordeiro (PSDB), o Zelinho, relatou momentos de pânico da população da cidade após o tremor de terra registrado na noite desta segunda-feira 25. O município abriga em sua área urbana uma barragem cinco vezes maior do que a que se rompeu em Brumadinho, em janeiro deste ano.

Até o descomissionamento (desativação) da barragem, vivemos um pesadelo diário aqui”, diz o prefeito sobre a o fim das atividades da barragem Casa de Pedra, da CSN Mineração (Companhia Siderúrgica Nacional), que recebe rejeitos há mais de 20 anos.

O abalo teve como epicentro o município vizinho de Belo Vale e foi avaliado em 3.2 na escala Richter, segundo o Observatório Sismológico da Universidade de Brasília. De acordo com a CNS, foi descartado qualquer acidente com seus explosivos que pudesse ter causado o tremor. Não houve danos na estrutura da barragem Casa de Pedra, segundo a empresa.

Por estar situada cerca de 85 metros acima de bairros residenciais que abrigam cerca de 50 mil pessoas em Congonhas, a barragem foi a primeira preocupação das autoridades municipais e estaduais em decorrência do tremor. A Defesa Civil de Minas Gerais esteve no local, assim como funcionários da CSN e a ANM (Agência Nacional de Mineração), que atestaram a segurança da estrutura, segundo o prefeito. Mesmo assim, o clima de terror se instalou na cidade. “Teve gente que se recusava a voltar para casa com medo de a barragem se romper”, disse o prefeito. “Fechei uma creche e uma escola que ficavam perto da barragem como precaução”, continuou.

Segundo Zelinho, a rotina de fiscalização dos órgãos reguladores tem se intensificado desde a tragédia de Mariana e Brumadinho, onde morreram centenas de pessoas em consequência de rompimento de barragens muito próximas de áreas urbanas. Mesmo assim, o esforço não é suficiente. “Temos apenas quatro fiscais para monitorar mais de 400 barragens em Minas Gerais”, diz.  

Desde janeiro, após a tragédia de Brumadinho, a CSN anunciou o início do processo de descomissionamento da barragem de Casa de Pedra, localizada na área urbana de Congonhas. A etapa de secagem, anterior à fase em que a montanha de rejeitos é reflorestada, deve demorar ao menos 20 anos, segundo o prefeito.

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