Pai do menino Bernardo agora quer separação da madrasta
Defesa de médico acusado de envolvimento na morte do filho formalizará pedido à Justiça até quarta-feira. Mulher confirmou participação no crime
Por Felipe Frazão
5 Maio 2014, 13h12
O médico Leandro Boldrini, preso no Rio Grande do Sul por suspeita de envolvimento na morte do filho Bernardo Boldrini, de 11 anos, decidiu pedir na Justiça a separação da mulher, a enfermeira Graciele Ugulini Boldrini. Ela confessou à Polícia Civil ter matado o menino com medicamentos, embora alegue que a morte foi acidental. Leandro comunicou a intenção ao advogado de defesa, Jader Marques, neste fim de semana.
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Marques disse que ingressará, até quarta-feira, com o pedido de dissolução de união estável na Justiça gaúcha. O criminalista afirma que o médico se diz inocente e que ele tomou a decisão de se afastar da mulher ao saber da confissão de Graciele. O casal tem uma filha, cuja guarda foi dada pela Justiça a uma tia da criança.
O pai e a madrasta de Bernardo passaram a viver juntos em 2010, após a morte da mãe do menino, Odilaine Uglione. Segundo a polícia, Odilaine cometeu suicídio durante o processo de separação de Leandro Boldrini.
Segundo Jader Marques, Leandro Boldrini também abrirá mão dos bens a que teria direito com a morte da ex-mulher e do único filho que tiveram, em favor da avó materna de Bernardo, Jussara Uglione. Jader Marques disse que Leandro comunicará à Justiça que não tem interesse na herança registrada em inventário.
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“Ele [Leandro Boldrini] ficou indignado com essa suposição do advogado [Marlon Taborda, que trabalha para a avó do menino] de que estava com algum interesse no patrimônio”, disse Marques.
Na semana passada, a Justiça gaúcha bloqueou os bens de Leandro Boldrini a pedido do Ministério Público – a fim de evitar que ele usasse o patrimônio para pagar gastos com a defesa. Ele também teve o pedido de liberdade negado. A Polícia Civil sustenta que o pai do menino participou do crime, mas ainda não indicou quais foram os atos do médico. Além dele, a madrasta Graciele e uma amiga dela, a assistente social Edelvânia Wirganovicz, admitiram participação na morte de Bernardo. Os três estão presos temporariamente na Região Metropolitana de Porto Alegre e devem ser indiciados por homicídio triplamente qualificado.
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