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Madrasta confessa participação na morte do menino Bernardo

Em depoimento à Polícia Civil, Graciele Ugulini Boldrini admite ter dado medicamento ao enteado. Ela alega que a morte do garoto foi um acidente

Por Felipe Frazão 30 abr 2014, 16h19

A enfermeira Graciele Ugulini Boldrini, madrasta do menino Bernardo Boldrini, admitiu nesta quarta-feira em depoimento à Polícia Civil participação na morte do enteado, no interior do Rio Grande do Sul. Graciele confessou aos investigadores que deu medicamentos ao garoto de 11 anos, mas alegou que ele que morreu “acidentalmente”.

As informações foram confirmadas ao site de VEJA pela polícia. A íntegra do depoimento não foi divulgada. Graciele depôs pela manhã na Penitenciária Modulada de Ijuí (RS), para onde foi transferida do presídio de Três Passos (RS). Ela está presa temporariamente.

O advogado de Graciele, Vanderlei Pompeo de Mattos, disse ao sair do presídio que ela negou o envolvimento do pai de Bernardo, o médico Leandro Boldrini, na morte do filho. A defesa de Leandro Boldrini diz que ele é inocente. O médico cumpre prisão temporária na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (PASC), na Região Metropolitana de Porto Alegre.

“Ela isentou o esposo. Explicou para mim, depois, que ele não tem nada a ver com a situação”, afirmou o defensor, segundo o jornal Zero Hora. “Ela foi fazer negócios em Frederico [Westphalen, cidade onde o cadáver foi localizado], não tinha o propósito macabro, vamos dizer assim.”

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Laudo aponta sedativo no corpo do menino Bernardo

Um laudo preliminar entregue pelo Instituto Geral de Perícias do Estado à polícia atestou a presença do medicamento Midazolam no organismo do menino. O teste com reagentes químicos foi realizado em tecidos colhidos do cadáver de Bernardo. O resultado foi positivo para o sedativo. O Midazolam é um indutor do sono usado por anestesistas – mas pode levar a quadros de depressão cardiorrespiratória, apneia e coma, em caso de superdosagem. Nenhum dos laudos periciais indicou, até o momento, a causa da morte.

Sumiço – O menino Bernardo morreu de forma “violenta” no dia 4 de abril, de acordo com a certidão de óbito. O cadáver foi encontrado no dia 14 de abril enterrado em uma cova improvisada em um terreno de Frederico Westphalen, cidade vizinha a Três Passos (RS) – onde a família morava. A Polícia Civil começou a procurar por Bernardo após o pai dar queixa sobre o desaparecimento do filho, dois dias depois de ele supostamente ter ido dormir na casa de um amigo. Os investigadores só encontraram o corpo do menino após o interrogarem a assistente social Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta.

Edelvânia indicou a localização do corpo e confessou ter participado do crime. A assistente social relatou à Polícia Civil que a madrasta queria fazer o menino dormir e, por isso, tentou dopar Bernardo em Três Passos, antes de levá-lo de carro a Frederico Westphalen. Na estrada entre as cidades, a madrasta foi multada – momento em que um policial avistou o garoto acordado. Edelvânia também disse que Graciele repetiu a dose ao chegar ao município vizinho e depois aplicou uma injeção letal em Bernardo. O advogado de Edelvânia afirma que ela não presenciou a execução e apenas auxiliou Graciele a ocultar o corpo. Edelvânia também está presa temporariamente e foi transferida nesta quarta para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.

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A delegada responsável pelo inquérito policial, Caroline Bamberg Machado, afirma que o pai, a madrasta e a amiga dela participaram do crime. Os três devem ser indiciados até a semana que vem por homicídio triplamente qualificado.

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