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Conheça o grupo que pediu a censura do Porta dos Fundos

O Centro Dom Bosco é um dos principais polos do conservadorismo católico no Brasil

Por Maria Clara Vieira Atualizado em 9 jan 2020, 16h24 - Publicado em 9 jan 2020, 14h18

Mais de um mês após a estreia do Especial de Natal do Porta dos Fundos na Netflix, vídeo que causou furor entre os mais conservadores, um grupo católico conseguiu que o desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinasse a retirada do material do ar em caráter provisório. Foi uma vitória da Associação Católica Centro Dom Bosco de Fé e Cultura (CDB), que tivera o mesmo pedido negado em primeira instância e pelo Plantão Judiciário.

O grupo em questão é um dos principais polos de estudos conservadores no Brasil, reunindo professores, influenciadores e parlamentares católicos. Entre os membros estão a deputada Chris Tonietto (PSL), que no ano passado chegou a ministrar uma palestra sobre doutrina social da Igreja na sede da instituição, e o youtuber bolsonarista Bernardo Küster. Não é a primeira vez que o CDB cria celeuma com o Porta dos Fundos. Em 2017, sob a acusação de “vilipêndio de culto e ataque à liberdade religiosa”, o grupo se considerou no direito de receber 1 real a cada visualização dos vídeos Ele Está no Meio de Nós e Céu Católico, que juntos somam mais de 12 milhões de delas. O caso ainda está em aberto.

Embora não haja uma relação direta, muitos membros do CDB fazem parte do movimento tradicionalista, que defende o retorno das missas em latim, com o padre de frente para o altar, e uso de véu pelas mulheres. Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil do Rio abriu inquérito para investigar um caso de injúria por preconceito e lesão corporal envolvendo membros do CDB, que teriam tentado impedir uma missa em homenagem ao Dia da Consciência Negra. Nas redes sociais, entretanto, o grupo afirmou que seus membros estavam apenas rezando e foram atacados pelos participantes da missa.

O CDB também aprovou a ação do jovem austríaco que, em outubro do ano passado, jogou no rio Tibre a imagem do símbolo indígena da Pachamama, em exibição no Vaticano por ocasião do Sínodo da Amazônia. Em uma postagem no Facebook, o grupo se refere à imagem como “demônio”.

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