Enquanto o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) decide o destino do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o clima no acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Porto Alegre é de descontração nesta quarta-feira, dia 24. Por onde se anda, é possível ver manifestantes tomando cerveja ou água de coco em rodas de samba, capoeira e funk. Alguns aproveitam para pescar às margens do Rio Guaíba, mergulhar no rio ou apenas aproveitar a vista privilegiada da capital gaúcha.

Em vez do tradicional lanche de mortadela, as cozinhas coletivas distribuíam lanches de pernil e pratos-feitos com arroz, feijão e carne. Barracas de camping foram distribuídas aos militantes, mas não foi suficiente para todo mundo. Quem ficou sem teve que se refugiar debaixo de grandes lonas pretas. A grande maioria dos acampados é de agricultores do MST do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mas há também a presença de grupos de esquerda do Uruguai.

Deputados federais como Paulo Pimenta (RS) e estaduais aproveitaram para fazer campanha cumprimentando e abraçando eleitores. Longe do acampamento dos militantes, os senadores e deputados do PT e os advogados de Lula montaram o seu QG no hotel Sheraton (4 estrelas), famoso por receber artistas de passagem por Porto Alegre e situado a uma quadra do Parque dos Moinhos, onde houve protestos pela condenação e prisão de Lula.

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