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‘Mérito da nova Previdência será dos líderes do Congresso’, diz Meirelles

Para o secretário da Fazenda do governo de SP, mandato autônomo do presidente do Banco Central é fundamental e permitiria queda da taxa de juros

Apresentado por Atualizado em 29 out 2019, 14h58 - Publicado em 1 out 2019, 14h33

O secretário de Fazenda e Planejamento do governo do estado de São Paulo, Henrique Meirelles, afirmou que existe atualmente no Brasil um protagonismo maior do Congresso. “Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, têm adotado uma postura pró-ativa. Grande parte do mérito da aprovação da reforma da Previdência será dos líderes do Congresso”, afirmou Meirelles, em entrevista a Alessandra Kianek, editora de VEJA, no programa Páginas Amarelas.

Com a aprovação das novas regras da aposentadoria e também da reforma tributária, o ex-presidente do Banco Central, no governo Lula, prevê aumento da confiança, que poderá gerar crescimento maior da economia brasileira. Segundo ele, o país tem capacidade para crescer um pouco acima de 2% no ano que vem, podendo chegar a índices superiores a 3% com a elaboração de reformas de produtividade. Meirelles, que foi ministro da Fazenda durante o governo de Michel Temer, espera que a PEC Paralela, texto que permite que estados e municípios optem por aderir à reforma da Previdência da União, seja aprovada. “Mas, se não for, o estado de São Paulo já está trabalhando e apresentará imediatamente um projeto na Assembleia Legislativa para a reforma da Previdência estadual.”

Meirelles defendeu, na entrevista, a autonomia do Banco Central. “Acho importante o presidente do Banco Central ter um mandato fixo e autônomo. É melhor que esse ponto seja definido no processo legal, pois possibilita mais segurança a todos, ao mercado, e permite queda da taxa de juros.”

Entre os planos de desestatização do estado, Meirelles destacou a privatização da Sabesp, que está à espera da aprovação no Congresso da Lei de Saneamento. “Esperamos que a lei seja aprovada ainda neste ano e, a partir daí, vamos definir qual será o melhor modelo a ser adotado para a Sabesp.” O governo também desenvolve um plano de desestatização das marginais. “Será feita uma integração com a rodovia Castello Branco. De uma maneira que o pedágio pago na Castello possa financiar também a melhora e todo o processo de modernização das marginais.”

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Em relação aos nove meses do governo de Jair Bolsonaro, contra quem concorreu nas eleições para a Presidência da República no ano passado, Meirelles afirmou que há muita controvérsia. “Está um pouco controverso do que seria conveniente para o país. Esperemos que essa temperatura abaixe um pouco.” Ele elogiou o trabalho de seu sucessor, o ministro Paulo Guedes. “Está indo bem, exatamente porque está seguindo na mesma direção que seguimos na época.”

O secretário descartou ser candidato à Prefeitura de São Paulo nas eleições do ano que vem. “Não tenho planos de ser candidato. Será uma eleição bem disputada, o que é bom para a população.” Já em relação ao pleito de 2022, para a Presidência da República, Meirelles deixou as portas abertas. “Ainda é cedo para pensar no assunto. Não tomo, por hábito, decisão antes da hora. Tem tempo. Estou focado no meu trabalho.”

O governo de São Paulo tem feito viagens para atrair investimento estrangeiro para o estado, com visitas recentes a Europa, China e Japão. Segundo o secretário, só a viagem para a China resultou em investimentos previstos de 24 bilhões de dólares. Dubai deve ser o próximo destino da comitiva do governador João Doria no início do ano que vem.

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