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The Sims Social, a nova ‘fazendinha’ do Facebook

Em menos de um mês, jogo atrai mais de 13 milhões de usuários e se apresenta como grande rival do 'FarmVille', campeão da rede social

Por Renata Honorato
26 ago 2011, 23h21

‘Nosso objetivo é oferecer ao consumidor uma experiência de jogo no Facebook, no celular, no PC ou no console’ – Jonathan Harris, gerente de marketing da EA no Brasil

A franquia The Sims, lançada para PCs pela Electronic Arts em 2000, acaba de ganhar versão para Facebook e já se apresenta como grande rival do FarmVille, da Zynga, rei da rede social. The Sims Social, como foi batizada a primeira versão on-line da série, acumula mais de 13 milhões de jogadores ativos no mês, enquanto o título que deu fama à Zynga, lançado em 2009, segue com 33 milhões.

O lançamento oficial do The Sims Social em cinco idiomas (inglês, francês, alemão, espanhol e italiano) aconteceu no último dia 23, após ser anunciado na Gamescom, feira de jogos que acontece anualmente na cidade de Colônia, na Alemanha. A versão beta havia sido disponibilizada pouco antes. A média diária de jogadores, afirma Tom Sarris, diretor de comunicações da Playfish, parceira da EA no projeto, é de 9 milhões de pessoas.

A mecânica do jogo é simples e agrada jogadores casuais. Para começar, basta criar um avatar. O objetivo do jogador é tornar-se popular e fazer amigos, interagir com eles e também melhorar sua moradia virtual. O simulador incentiva o jogador a reproduzir no universo digital as mesmas convenções sociais da vida real. Não é de bom tom descuidar da higiene, tampouco brigar com o namorado. É preciso trabalhar para conseguir dinheiro e também ficar atento com a aparência.

A decisão de levar uma marca já consolidada para o Facebook é um grande passo para uma empresa tradicional do setor de games como a Electronic Arts. Atualmente, a série The Sims é a terceira franquia mais vendida da história, com 140 milhões de unidades comercializadas nos últimos 11 anos em todo mundo. Mario e Pokémon aparecem em primeiro e segundo lugar, respectivamente.

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Segundo Bernardo Manfredini, analista de mercado e consultor da Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro), essa é uma iniciativa estratégica, especialmente porque a EA sempre dominou o modelo de negócio off-line. “Já testemunhamos essa adaptação no setor da música e agora estamos vendo isso acontecer na indústria de games”, diz. O analista chama ainda a atenção para a necessidade das companhias aumentarem sua distribuição na internet. “As empresas buscam audiência e as redes são grandes agregadoras. A grande diferença entre EA e Zynga neste momento é que uma delas possui grandes marcas para explorar no Facebook e a outra ainda está tentando criar as suas.”

Os fãs do simulador sempre sinalizaram o desejo de ganhar uma versão on-line na qual pudessem interagir com avatares de seus amigos, mas nunca um modo multiplayer foi inserido na franquia. Foi preciso que uma companhia nova, como a Zynga, fizesse sucesso no Facebook para que a EA abrisse os olhos para o promissor setor dos jogos sociais. E mais. A empresa de Mark Pincus não só criou um gênero, como também passou a Electronic Arts em valor de mercado (são cerca de 11 bilhões de dólares contra 7 bilhões) – prova de que as companhias tradicionais ainda têm muito a aprender na internet.

Mas o sucesso de The Sims Social não ocorre à toa. Roger Tavares, Phd em games da Universidade do Estado da Bahia, explica que a repercussão do título na rede é uma resposta à fama consolidada do jogo em outras plataformas. “Se a EA criasse uma versão do Sims para o rádio, teria audiência”, diz o professor. O rápido crescimento da base de usuários também é uma resposta à análise que a multinacional fez nos últimos anos do próprio Facebook como um lugar favorável para os games. “A Electronic Arts aprendeu muito com os erros da Zynga. Embora não tenha corrigido todos, muitos deles não foram repetidos no The Sims Social.”

Jonathan Harris, gerente de marketing da EA no Brasil, reforça a tese de Manfredini e afirma que a estratégia da companhia é expandir mercado na internet. “Nosso objetivo é oferecer ao consumidor uma experiência de jogo no Facebook, no celular, no PC ou no console”, diz. Mas essas não são as únicas intenções de uma companhia ao estrear em uma rede social. Harris reconhece que a mídia espontânea, consequência de uma exposição em massa, é vantajosa para a empresa, que busca se consolidar também em uma área onde ainda tem pouco domínio.

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Segundo o site Inside Social Games, o The Sims Social é o jogo que mais cresce no Facebook. O FarmVille, por sua vez, registra as maiores taxas de evasão dias após o cadastro do usuário. O grande desafio da Electronic Arts é, portanto, não só chamar a atenção de fãs da franquia e de novos adeptos, como também mantê-los conectados ao seu produto. Se seguirem a estratégia das constantes atualizações, como ocorre no PC, certamente estarão no caminho correto.

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