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Vinho branco é associado ao aumento do risco de câncer de pele

Um novo estudo sugere que o consumo de álcool, mesmo em quantidade moderada, aumenta o risco de melanoma - a forma mais letal de câncer de pele

Por Da redação
13 dez 2016, 12h54
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  • O consumo de álcool já foi relacionado a alguns benefícios, mas também a prejuízos para a saúde. Entre os riscos, o mais grave talvez seja o desenvolvimento de diversos tipos de câncer. Agora, um estudo publicado recentemente no periódico científico Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention aponta para a associação entre a ingestão de bebida alcoólica, mesmo de forma moderada, e o aumento da probabilidade de um tipo inesperado de tumor: o melanoma – a forma mais mortal de câncer de pele.

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    Em sua pesquisa, pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, concluíram também que o vinho branco tem maior impacto sobre o risco de melanoma, em comparação com outras bebidas como vinho tinto, cerveja ou licor. As informações são da rede americana CNN.

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    Segundo os autores, cerca de 3,6% dos casos de câncer no mundo são associados ao álcool. Embora a relação entre a substância e alguns tipos de câncer, como os do trato digestivo, seja mais fácil de explicar, já que há um contato direto entre a bebida e o tecido da região, em outros, como o de mama e o de pele, as razões permanecem obscuras.

    Eunyoung Cho, coautora do estudo, tem uma teoria. Segundo ela, o álcool possui um composto chamado acetaldeído, que pode danificar o DNA, e evitar sua reparação em todo o corpo. “É um cancerígeno bem conhecido, de modo que poderia ser um mecanismo muito geral sobre como o álcool se relaciona com o câncer em outros locais.”, disse. 

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    Álcool e melanoma

    No novo estudo, Eunyoung e seus colegas analisaram dados de três grandes estudos envolvendo 210.252 participantes. Todos forneciam informações sobre consumo de álcool, local de residência e histórico de saúde – incluindo detalhes sobre queimaduras solares e bronzeamento. Durante um período de acompanhamento de 18 anos, 1.374 pessoas (menos de 1% de todos os participantes) foram diagnosticadas com melanoma invasivo.

    Os resultados mostraram que cada dose de álcool por dia (o equivalente a 12,8 gramas de álcool puro ou uma cerveja, uma taça de vinho ou um shot de licor forte) estava associada a um aumento de 14% no risco de melanoma. Quando os pesquisadores analisaram individualmente cada tipo de bebida, o vinho branco se destacou das demais. Cada taça da bebida por dia estava associada a um aumento de 13% na probabilidade de melanoma, enquanto outras formas de álcool não afetaram o risco de forma significativa estatisticamente.

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    Embora os autores não tenham se aprofundado no porquê disso, Eunyoung  explica que pesquisas anteriores mostraram que o vinho tem níveis mais altos de acetaldeído em comparação com outras bebidas. Como o vinho tinto tem uma quantidade maior de antioxidantes, é provável que isso compense os riscos gerados pelo acetaldeído, ao contrário do vinho branco, que tem menos substâncias benéficas.

    “Outras bebidas alcoólicas mostraram alguma correlação positiva, mas não alcançaram significância estatística. Por enquanto, eu diria que o álcool em geral está relacionado [ao melanoma], e eu gostaria de ressaltar que o vinho branco está particularmente associado a isso.”, afirmou a autora.

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    Ao analisarem as taxas de melanoma em diferentes partes do corpo, os pesquisadores se depararam com outra surpresa. As pessoas que bebiam 20 gramas ou mais de álcool por dia (um pouco menos de duas doses) eram apenas 2% mais propensas a ser diagnosticadas com melanomas da cabeça, pescoço, braços ou pernas do que os não bebedores. Mas tinham um risco 73% maior de serem diagnosticados com melanomas do tronco – uma parte do corpo frequentemente coberta pela roupa.

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    “Há uma hipótese de que os melanomas em diferentes locais do corpo podem ter diferentes fatores de risco. Com base nesses resultados, eu poderia supor que este tipo de câncer está menos relacionado à exposição solar e mais relacionado a um mecanismo biológico do álcool em prejudicar ou impedir o reparo do DNA.”, disse Eunyoung.

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