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Teich: Teste em massa não é garantia de solução, mas ajuda planejamento

Ministro cumpriu hoje sua primeira agenda pública como chefe da Saúde ao participar de uma videoconferência com seus contrapartes do G-20

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 abr 2020, 18h21 - Publicado em 19 abr 2020, 18h15
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  • O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, disse neste domingo, 19, que a adoção de testagem em massa de brasileiros durante a pandemia do novo coronavírus não representa, por si só, uma garantia de que o país vai sair mais rapidamente da situação de alastramento dos contágios. Teich declarou que os testes, porém, são importantes porque ajudam a entender a evolução da Covid-19 e, a partir desse diagnóstico, dão elementos para que sejam desenvolvidas políticas públicas para fazer frente à doença.

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    Sucessor de Luiz Henrique Mandetta, defenestrado do governo após bater de frente com o presidente Jair Bolsonaro e defender diuturnamente o isolamento social, Nelson Teich cumpriu hoje sua primeira agenda pública como ministro da Saúde ao participar de uma videoconferência com seus contrapartes do G-20. Na reunião, que contou com a presença do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, Teich disse ter respostas, entre outros pontos, para a importância da preparação do país para enfrentar a pandemia e da valorização dos serviços médicos e de saúde.

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    Após a rodada de debates com autoridades sanitárias de países do G-20 e da OMS, o ministro da Saúde gravou um vídeo em que falou sobre a testagem em massa de brasileiros. “Testes em massa, não é que a gente vai conseguir testar todo mundo. O simples fato de você fazer testes também não é isso que vai garantir de que a gente vai sair [mais cedo da pandemia]. É a política que você desenha e as ações que você desenha com essa informação que vão definir o quanto e como a gente vai definir como a gente vai seguir e sair desse problema”, disse.

    “A utilização de testes nos ajudará a entender melhor a doença e a sua evolução. E, com esta informação, vamos poder preparar melhor o enfrentamento a este problema e como sair dele. Essa capacidade de entender a doença é fundamental. A gente não sabe quanto tempo a gente vai levar para obtermos uma vacina que nos ajude a sair desta situação de uma forma mais simples, a gente não sabe o tempo que isso vai levar, e isso nos obriga realmente a entender o que está acontecendo para que a gente consiga desenhar as políticas e ações que vão nos ajudar a passar por isso da forma mais rápida”, disse ele. Na Coreia do Sul, país considerado referência no enfrentamento da Covid-19, o ministro disse que, na verdade, foram realizados 10.000 testes, enquanto na Itália, epicentro do contágio no continente europeu, a testagem foi de 21.000 testes a cada milhão de habitantes.

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    No encontro do G-20, Nelson Teich também defendeu a importância de órgãos como a OMS, recentemente atacada pelo presidente americano Donald Trump, e afirmou que “claramente órgãos como a OMS são muito importante poque eles ajudam a estruturar operações e avaliações no mundo inteiro”. “É muito importante que a gente consiga mensurar o que está sendo levado de benefício para esses países [ajudados pela OMS] para que a gente consiga melhorar cada vez mais o impacto da OMS no tratamento e na abordagem dos problemas, principalmente em pandemias como essa. No nosso tratamento do Brasil, a gente sabe que tem sempre um trabalho tripartite, a gente tem todo mundo trabalhando junto”, completou.

    Ministério da Saúde divulgou na tarde deste domingo dados atualizados sobre a pandemia de coronavírus no Brasil. Segundo informações coletadas pela pasta até as 14h de hoje, o país tem 2.462 óbitos por Covid-19 e 38.654 casos confirmados da doença. Em relação aos números divulgados pelo ministério no sábado, houve mais 115 mortes e 2.055 casos confirmados. A taxa de letalidade no país se manteve em 6%.

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    A região Sudeste continua como a mais afetada pelo novo coronavírus. Os quatro estados da região somam 21.285 casos de Covid-19 e 1.486 mortes, uma taxa de mortalidade de 7%. Só em São Paulo, estado com maior número de infectados, 14.267, o número de mortes chegou a 1.015.

    Com 9.300 casos confirmados e 579 mortes, o Nordeste é a segunda região no país em número de casos e mortes, seguido por Norte (3.691 casos, 241 mortes), Sul (2.816 casos, 104 mortes) e Centro-Oeste (1.562 casos, 52 mortes).

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