OMS perde contato com equipes e cita ‘noite de medo’ em Gaza
Entidade informa que hospitais funcionam na capacidade máxima e com escassez de suprimentos; com apagão, feridos não têm assistência de ambulâncias

Diante da madrugada com fortes bombardeios e do apagão das comunicações após a incursão por terra dos militares israelenses ao território palestino, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado neste sábado, 28, informando que perdeu contato com suas equipes e que profissionais de saúde, pacientes e civis passaram “noite de escuridão e medo” na Faixa de Gaza.
Segundo a entidade, os hospitais na região estão funcionando na capacidade máxima, mas já não conseguem oferecer assistência ao crescente número de feridos que chegam a cada hora. A situação é agravada pelo fato de que as unidades de saúde estão sendo utilizadas como abrigo por moradores que precisaram deixar suas casas.
“Os profissionais de saúde que permaneceram ao lado dos seus pacientes enfrentam a escassez de suprimentos, sem lugar para colocar novos pacientes e sem meios para aliviar a dor dos seus pacientes”, informou, em nota.
Ainda de acordo com a OMS, pessoas feridas não estão sendo socorridas por ambulâncias, cujo serviço foi afetado pelo blecaute das comunicações e de eletricidade. “Os necrotérios estão lotados e mais da metade dos mortos são mulheres e crianças”, completa o comunicado.
Por causa do apagão, a entidade não consegue se comunicar com suas equipes nem com profissionais de outras agências, o que afeta a coleta de informações sobre os impactos da guerra em curso para a população e os cuidados em saúde.
A OMS apelou mais uma vez para que ocorra o cessar-fogo humanitário imediato e que sejam mantidas as condições para a passagem segura de água, alimentos, suprimentos médicos e combustível.