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Nova moda perigosa: injetar óleo de coco para ganhar músculos

Fisiculturistas têm injetado óleos naturais para ganhar músculos. Especialistas alertam que a prática causa desde danos duradouros até a morte

Por Da redação
Atualizado em 2 dez 2016, 16h24 - Publicado em 2 dez 2016, 14h50
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  • Fisiculturistas que injetam óleos naturais para melhorar seu físico correm risco de sofre danos duradouros e até mesmo de morrer. Após o relato do caso de um homem de 25 anos de Londres, na Inglaterra, que ficou com cicatrizes e funções corporais restritas após se auto-injetar esses óleos, especialistas temem que essa seja apenas a “ponta do iceberg”, de acordo com o jornal britânico The Guardian.

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    Embora tenha pouca literatura médica sobre o assunto, nos últimos anos foram registradas ocorrências de fisiculturistas que usam óleos naturais como de gergelim, de noz e até mesmo parafina na esperança de aumentar o tamanho e a definição de seus músculos. A prática teria se originado devido ao baixo custo desses produtos em comparação com compostos sintéticos usados para a mesma finalidade.

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    Um estudo de caso publicado quinta-feira no periódico científico BMJ Case Reports  mostrou que a prática está bem documentada entre comunidades árabes, do Oriente Médio e on-line.

    O caso na Inglaterra

    O homem de 25 anos foi encaminhado para o Hospital Ealing, em Londres, por causa de dor e perda dos movimentos do braço direito, no qual ele havia injetado óleo de coco durante vários meses. Uma ultra-sonografia mostrou que o jovem tinha uma ruptura no tríceps – uma condição rara em pacientes jovens – e cistos múltiplos dentro dos músculos do braço. Foi necessária uma cirurgia para reparar a ruptura. Embora o procedimento tenha sido bem sucedido, o paciente ficou com cicatrizes e com uma flexão limitada do cotovelo.

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    “Ele perdeu funções significativas em seu tríceps e ele é destro. Se ele tivesse injetado o óleo de coco em uma de suas veias por engano, poderia ter sido fatal. Pode causar uma embolia no coração, nos pulmões ou no cérebro. Você precisa pensar sobre as implicações disso.”, disse Ajay Sahu, da NHS de Londres North West Healthcare e co-autor do relatório publicado no BMJ.

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    Segundo Sahu foi difícil chegar ao diagnóstico, porque o paciente não admitiu inicialmente o que tinha feito e naquele momento o médico ainda não tinha conhecimento da popularidade da “prática” de injetar óleos naturais para tentar construir músculos.

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    Após a descoberta, o especialistas sugeriu que essa procura por medidas drásticas são um preocupante sintoma da crescente inquietude dos jovens em relação à sua aparência.

    “As pessoas fazem todo tipo de coisas [para ganhar músculo] e essas coisas não são muito relatadas.”Essas pessoas nunca vão ao médico e dizem todas as coisas que fazem. Esta é apenas a ponta do iceberg.”, afirmou.

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