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Médica suspeita de mortes em hospital de Curitiba é solta

Virgínia Soares de Souza estava presa há um mês. Ela e outros sete funcionários do Hospital Evangélico são acusados por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha

Por Da Redação
20 mar 2013, 18h33

A médica Virgínia Helena Soares de Souza, presa desde 19 de fevereiro sob a acusação de acelerar a morte de pacientes na UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, foi solta na tarde desta quarta-feira. A Justiça atendeu a um pedido da defesa e revogou a prisão preventiva da médica, que responderá ao processo em liberdade. Virgínia deixou o Centro de Triagem, onde estava presa, por volta das 16h15 e foi direto para a sua casa.

O pedido de liberdade de Virgínia foi aceito pelo Juiz de Direito da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, Daniel Surdi de Avelar. Em nota divulgada pela defesa da médica, o advogado Elias Assad disse que “não é a primeira vez que a ignorância aprisiona a ciência, nem será a última que a ciência libertará a ciência” e afirmou que “irá mobilizar os meios científicos e promover todas as medidas previstas em lei junto ao Poder Judiciário, inclusive para o trancamento da ação penal por carência de justa causa.”

Na última semana, o Ministério Público do Paraná anunciou que Virgínia de Souza e outros sete funcionários do Hospital Evangélico foram denunciados por homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha. Eles são acusados de envolvimento nas mortes de sete pessoas que estavam na UTI, além de serem suspeitos de outras 21 mortes. A denúncia foi aceita pela Justiça nesta sexta-feira e todos os acusados estão em liberdade.

Cronologia do caso

  1. 19 de FevereiroVirgínia Helena Soares de Souza e mais três médicos, além de uma enfermeira, são detidos suspeitos de acelerar a morte de pacientes na UTI Geral do Hospital. Até então o inquérito corria em segredo de justiça.
  2. 26 de Fevereiro – A Vara de Inquéritos Policiais de Curitiba determina a quebra do segredo de Justiça do inquérito que investiga a antecipação de óbitos na UTI geral do Hospital Evangélico de Curitiba. No mesmo dia o Sindicato dos Delegados de Policia do Paraná (Sidepol), defendeu a atuação da delegada Paula Brisola no comando do inquérito. Na época, seu trabalho enfrentava diversas críticas, tanto por parte da direção do Hospital, como da defesa de Virgínia Helena Soares de Souza.
  3. 27 de Fevereiro – Após boatos de que teria utilizado um oficial formado em enfermagem infiltrado na UTI Geral do Hospital Evangélico, a Polícia Civil divulga nota esclarecendo que “a execução da medida [infiltração de um agente na UTI] se tornou inviável do ponto de vista operacional, optando-se pela interceptação telefônica autorizada judicialmente”.
  4. 1 de Março – Polícia Civil divulga nota corrigindo trechos da investigação após divulgação de uma degravação constante no inquérito. A palavra “raciocinar” havia sido transcrita como “assassinar” no documento em questão.

6 de Março – A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Paraná informa que vai investigar como detalhes do inquérito sobre as mortes na UTI Geral do Hospital Evangélico vazaram à imprensa antes da quebra de sigilo determinada pela polícia em 25 de fevereiro, uma semana depois do caso ganhar repercussão na imprensa.

  1. 11 de MarçoO Ministério Público do Paraná denuncia a médica Virgínia Helena Soares de Souza por homicídio qualificado e formação de quadrilha. Além de Virgínia, acusada de sete homicídios duplamente qualificados (por motivo torpe e por usar meios que dificultaram a defesa do paciente) e formação de quadrilha, também foram denunciados o médico Anderson de Freitas (dois homicídios duplamente qualificados e formação de quadrilha), os médicos Edison Anselmo da Silva Junior e Maria Israela Cortez Boccato (um homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha), as enfermeiras Laís da Rosa Groff e Patrícia Cristina de Goveia Ribeiro (um homicídio duplamente qualificado e formação de quadrilha); e o enfermeiro Claudinei Machado Nunes e a fisioterapeuta Carmencita Emília Minozzo (formação de quadrilha).

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(Com Estadão Conteúdo)

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