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Sindicato defende delegada do caso Evangélico

Após a quebra do sigilo de justiça nas investigações que resultaram na prisão da chefe da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, Sindicato dos Delegados de Policia do Paraná defende atuação da delegada

Por Murilo Basso, de Curitiba
26 fev 2013, 19h38

Após a quebra do sigilo nas investigações que resultaram na prisão da chefe da UTI do Hospital Evangélico de Curitiba, Virgínia Soares de Souza, o Sindicato dos Delegados de Policia do Paraná (Sidepol), defendeu a atuação da delegada Paula Brisola no comando do inquérito. De acordo com o Presidente da entidade, Jairo Estorilio, as investigações ocorreram dentro de padrões internacionais e a repercussão na imprensa se deve à gravidade do fato investigado.

“Foi repassado à imprensa o mínimo de informações necessárias ao entendimento do caso, havendo também curiosamente uma grande participação do próprio advogado da indiciada na propagação ‘midiática’, como citou o advogado do hospital. Em momento algum se pode falar em abuso de autoridade, o que aponta clara tentativa de intimidar a investigação que avança de forma inevitável”, disse o Sidepol em nota.

Advogados de defesa do Hospital Evangélico e da médica Virgínia Soares de Souza alegaram problemas nas investigações conduzidas pela delegada Paula Brisola. O advogado de Virgínia, Elias Mattar Assad, entregou pedido de assistência ao presidente da Comissão de Defesa de Prerrogativa da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR), Edward Carvalho, que afirmou ter havido abuso de autoridade. Por isso, a delegada pode ser levada à Corregedoria da Polícia Civil. A assessoria da polícia afirmou que não houve desrespeito judicial no desenrolar do processo e alegou que as regras estão sendo respeitadas.

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Para o sindicato, foram tomados todos os cuidados para evitar qualquer irregularidade durante as investigações. “Os atos persecutórios tutelares, tais como prisões provisórias, mandados de busca e pedidos de interceptação, foram realizados após autorização judicial e anuência do Ministério Público”, completa a nota.

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Já o departamento da Polícia Civil informou que a delegada prestará esclarecimentos em entrevista coletiva depois que as famílias de pacientes envolvidas na investigação forem comunicadas de forma oficial sobre as investigações. No entanto, ainda não há previsão para a realização da coletiva.

Desde a última semana, cerca de 100 pessoas já procuraram a delegacia para colaborar com as investigações, em sua maioria familiares de pessoas que passaram pela UTI do Evangélico e ex-funcionários do hospital.

Defesa – A direção do Hospital se pronunciou pela primeira vez nesta segunda-feira (25). Informou que a UTI Geral, chefiada por Virginia Soares de Souza, está fechada. Médicos e enfermeiros foram transferidos para outros setores e os pacientes estão sendo atendidos nas outras três unidades de terapia intensiva do hospital.

O hospital defendeu a médica e criticou as investigações. “A doutora Virgínia é uma senhora que não tem antecedentes criminais, não oferece risco, não é uma gângster, é uma pessoa que está sendo acusada e até o momento nada foi provado contra ela”, disse Luiz Felipe Mendes, diretor técnico do hospital. “O hospital foi tomado de assalto e ficamos sabendo de toda a investigação pela imprensa”, completou.

O Evangélico realiza aproximadamente 50.000 atendimentos por mês, mantêm em média 2.000 pacientes internados e seu setor de queimados é considerado referência no Brasil.

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