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Fiocruz alerta sobre uso de Fentanil no Brasil e recomenda cuidados

Estudo avaliou aumento de utilização de opioides no país e pesquisadores afirmam que é possível evitar crise como ocorre nos Estados Unidos

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2023, 21h02 - Publicado em 9 Maio 2023, 21h00

Os opioides têm causado uma grave crise nos Estados Unidos. Em busca de prazer e uma dose de relaxamento, pessoas têm abusado e se viciado em analgésicos potentes, tendo o Fentanil como o mais famoso na atualidade. Mais forte que a morfina, levou a 100 mil mortes por overdose em 2021 no país, quando foi registrado um aumento de 28,6% em relação ao ano anterior. A droga sintética, já em circulação no Brasil, foi alvo de um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que detectou o crescimento no consumo de opioides e apontou caminhos para que não se torne um grave problema entre os brasileiros.

Em artigo publicado nesta terça-feira, 9, na versão digital da revista The Lancet Regional Health – Americas, os pesquisadores observaram que, no período de 2009 a 2015, houve um aumento de 500% nas vendas de opioides em farmácias. Somado a isso, a Pesquisa Nacional sobre o Uso de Substâncias publicada em 2015 indicava a “prevalência não trivial do uso não medicinal” das substâncias. Ao comparar com o cenário americano, eles constataram que as taxas era semelhantes às encontradas nos Estados Unidos nos anos 2000.

Por aqui, esse crescimento foi impulsionado pela codeína e pela oxicodona. Diante da primeira apreensão de Fentanil no Brasil, ocorrida em março no Espírito Santo, o grupo elencou estratégias para evitar que a droga entre em uma escalada nociva e desenfreada no país.

“O exemplo dos Estados Unidos deve, portanto, servir de alerta ao Brasil, sem consequente pânico. Mercados ilícitos por sua própria natureza são imprevisíveis e a possível mistura de Fentanil na oferta de cocaína no Brasil – um problema crescente nos Estados Unidos – é de fato preocupante”, escreveram, na publicação, Francisco Inácio Bastos, pesquisador titular do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), e Noa Krawczyk, professora assistente do Centro de Epidemiologia e Política de Opioides da NYU Grossman School of Medicine.

Veja ações recomendadas para evitar a crise dos opioides no Brasil

  • Investir em vigilância e pesquisa contínuas para entender os padrões de mudança de uso e abuso de substâncias na população brasileira
  • Integrar as apreensões com análises toxicológicas criteriosas, visando a identificar o Fentanil, seus precursores e diferentes misturas com outras substâncias, como a cocaína
  • Melhorar a vigilância do Fentanil médico e de outros opioides, permitindo que os pacientes tenham acesso a eles durante a ventilação artificial e o controle da dor intensa, mas evitando potencial desvio e uso indevido
  • Treinar e distribuir naloxona (substância antiopioide) a médicos de emergência e outros profissionais de saúde para lidar com overdose no SUS e na rede privada
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