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Exercícios atenuam sintomas da artrose mesmo sem perda de peso, diz estudo

Pesquisa sugere que o ganho de peso, isoladamente, não é responsável pelas dores decorrentes da doença

Por Da Redação
27 set 2011, 14h03
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  • Uma nova pesquisa conduzida pelo centro médico da Universidade Duke, nos Estados Unidos, traz uma série de descobertas sobre a relação entre obesidade e osteoartrite (saiba mais sobre a doença no box ao lado). Divulgada nesta terça-feira no periódico Arthritis & Rheumatism, o estudo afirma que os exercícios físicos podem atenuar os sintomas da doença mesmo sem que o paciente perca peso e que a obesidade sozinha não causa a inflamação.

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    ARTRITE

    Mais frequente nas mulheres que nos homens, a artrite atinge 1% da população mundial e aproximadamente 1,5 milhão de brasileiros. Ela é provocada por uma reação do próprio corpo que faz as articulações, as junções entre os ossos, se inflamarem, causando dor e inchaço.

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    ARTROSE OU OSTEOARTRITE

    É o tipo mais comum de artrite e consiste na perda da cartilagem nos ossos do corpo, e atinge principalmente mãos, pés e a coluna. É chamada popularmente de bico de papagaio.

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    Já se sabia que exercícios traziam benefícios para pacientes com artrose, mas “é surpreendente que seja positivo para as articulações mesmo sem a perda de peso”, diz Farshid Guilak, PhD, um dos autores do estudo e professor de cirurgia ortopédica na Duke. “O ideal é que o paciente fique em forma e emagreça pelo menos um pouco, mas esta pesquisa mostra que os exercícios, mesmo não acompanhados de outras mudanças, podem melhorar a saúde de quem tem a osteoartrite.”

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    A pesquisa partiu da premissa que muitos casos de osteoartrite estão associados à obesidade e sedentarismo. Por isso, tentaram descobrir se uma alimentação rica em gordura levaria a uma artrose no joelho e se exercícios poderiam prevenir o problema.

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    Dois grupos de camundongos, então, foram alimentados de maneira diferente: o primeiro grupo recebeu comida rica em gordura e o segundo recebeu comida normal. O primeiro grupo foi o mais prejudicado: os camundongos ganharam peso rapidamente, passaram a processar mal a glicose e apresentaram um nível alto no sangue de moléculas causadoras da inflamação crônica associada à artrose.

    Opinião do especialista

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    Dra. Evelin Goldenberg
    Dra. Evelin Goldenberg (VEJA)

    Evelin Goldenberg

    coordenadora do programa de pós-graduação em reumatologia do Hospital Albert Einstein

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    “É ainda precoce dizer que é a solução para a artrite, mas os pesquisadores estão certos em dizer que os exercícios atenuam as dores. Há, contudo, que se ressaltar que a perda de peso é, sim, extremamente importante para o tratamento da artrite. E os exercícios físicos devem ser bem orientados, caso contrário podem causar ainda mais danos.”

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    O passo seguinte foi colocar esses camundongos para exercitarem-se correndo nas rodas das gaiolas. Como resultado, muito dos problemas decorrentes do aumento de peso sumiram: a tolerância à glicose aumentou, e a inflamação foi bastante reduzida. Para os pesquisadores foi um sinal de que, se o aumento de peso fosse o responsável pela oesteoartrite, os exercícios deveriam ter aumentado o problema e não diminuído, como aconteceu.

    De acordo com o coordenador do estudo, Timothy Griffin, PhD, ainda é preciso entender a relação entre atividade física e obesidade. Segundo ele, as células de gordura continuaram a produzir moléculas que disparam a artrite, mas que os exercícios prejudicaram o “sinal inflamatório” enviado por essas moléculas.

    “A pesquisa mostra que, se você é obeso, é melhor se exercitar”, diz Farshid Guilak. “A dor pode ser uma barreira inicial, mas a longo prazo trará benefícios.”

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