Dinamarca, Islândia e Noruega suspendem uso da vacina da AstraZeneca
Pausa na aplicação está ligada ao relato de problemas com coágulos sanguíneos entre os que receberam doses do imunizante; relação não está confirmada
Noruega, Dinamarca e Islândia suspenderam o uso da vacina contra Covid-19 desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford. A decisão é temporária e está ligada à analise de episódios de coágulos sanguíneos em pessoas vacinadas nesses países. A rigorosa agência de saúde da união europeia, EMA, disse anteriormente que não existe indicação que o imunizante seja a responsável pelo ocorrido.
A Dinamarca anunciou nesta quinta-feira, 11, a suspensão que seria de 14 dias para que os casos sejam avaliados. Entre as suspeitas, há uma vítima fatal. A agência local afirma que neste ponto ainda é “muito cedo para conectar esses acontecimentos ao uso da vacina”.
A reguladora de saúde da Noruega também relatou casos de coágulos sanguíneos, sobretudo entre idosos — que naturalmente tem complicações de saúde, conforme destacou no comunicado. A agência afirmou que irá analisar rigorosamente o caso, mas esclarece que mesmo sendo um efeito adverso da vacina, isso não deve causar pânico entre os imunizados, pois a condição é “extremamente rara”.
Em nota obtida pela reportagem de VEJA, a AstraZeneca afirmou que está ciente da declaração feita nesta quinta pela Agência Regulatória de Saúde da Dinamarca de que atualmente está investigando potenciais efeitos adversos relacionados à vacinação contra Covid-19.
“A segurança do paciente é a maior prioridade para a AstraZeneca. Os órgãos reguladores têm claros e rigorosos padrões de segurança para a aprovação de qualquer novo medicamento, e isso inclui a vacina Covid-19 AstraZeneca”, diz o documento. A farmacêutica conclui afirmando que “a segurança da vacina foi amplamente estudada em ensaios clínicos de Fase I, II e III, e os dados revisados por consultores externos confirmam que a vacina foi geralmente bem tolerada”.
A vacina da AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford é a principal aposta do Ministério da Saúde para a campanha de vacinação de 2021 no Brasil. Ao todo, são 222 milhões de doses garantidas.