O governador do estado de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu nesta segunda-feira, 29, que prefeitos de cidades no estado adotem um lockdown intermitente, no qual houvesse restrição de funcionamento de atividades econômicas por 14 dias, seguidos de reabertura destes serviços por outros 14.
Durante reunião com políticos e especialistas em saúde pela manhã, Caiado afirmou que todos os serviços que são de responsabilidade de sua gestão estarão fechados a partir desta terça, 30, pelos próximos 14 dias. Cabe como exceção as atividades essenciais. “O que o governador puder deliberar, ele vai deliberar, vai fechar”, disse.
O governador afirmou que caso medidas de contenção não sejam tomadas, haverá problemas de diversas ordens na estrutura hospitalar de Goiás, como falta de leitos, medicamentos e especialistas para atender os doentes. A análise é baseada em projeções da Universidade Federal de Goiás. De acordo com os estudos da instituição, com esse tipo específico de lockdown seria possível diminuir em 61,5% o número de mortes por Covid-19 na região (em comparação ao regime de zero restrições sociais).
Goiás é um dos estados menos afetados pela pandemia em todo o Brasil. Desde março, foram registrados 21.984 casos e 435 óbitos.
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Clique e AssineNesta tarde, o governador afastou a ideia de lockdown e afirmou em suas redes sociais que o isolamento se tratará, na realidade, de uma segunda etapa da quarentena em todo o estado com “fechamento agressivo”. De acordo com o governo, não haverá, no entanto, restrição de fronteiras nem cobrança de multa para quem não seguir as determinações de restrição. O decreto com todas as informações detalhadas está previsto para ser publicado ainda na tarde de hoje.