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CoronaVac: Butantan paralisa produção por falta de matéria-prima

Um novo lote, com 1,1 milhão de doses foi entregue ao governo federal nesta sexta, mas não há previsão de novas entregas

Por Giulia Vidale Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2021, 00h13 - Publicado em 14 Maio 2021, 10h46

O Instituto Butantan paralisou a produção de novas doses da vacina contra Covid-19 CoronaVac devido à falta de matéria-prima. “Nós não temos mais insumos, não temos mais IFA [ingrediente farmacêutico ativo] para a produção de vacinas CoronaVac.”, disse o governador de São Paulo, João Doria, em entrevista coletiva realizada nesta sexta-feira, 14.

O Butantan aguarda autorização do governo chinês para a liberação de 10.000 litros de IFA, quantidade suficiente para a fabricação de aproximadamente 18 milhões de vacinas. Segundo Doria, não há entraves relativos à disponibilização do produto ao Butantan por parte da biofarmacêutica chinesa Sinovac, responsável pelo desenvolvimento do imunizante e pela produção da matéria-prima.

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“Todos sabem que temos um entrave diplomático, fruto de declarações inadequadas, desastrosas, feitas pelo governo federal contra a China, contra o governo da China e contra a própria vacina . Isso gerou um bloqueio por parte do governo chinês na liberação do embarque destes insumos”, disse Doria.

A interrupção da produção afeta em especial as pessoas que precisam tomar a segunda dose da vacina, que deve ser aplicada entre 21 e 28 dias após a primeira dose, e também a imunização de gestantes e puérperas. A administração da segunda dose, necessária para completar o esquema de imunização, já está em atraso na maioria dos estados e deve piorar nos próximos dias. Até o momento, a CoronaVac corresponde a 70% das vacinas disponíveis no Brasil.

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Recentemente, o Ministério da Saúde recomendou também que a imunização de gestantes e puérperas com comorbidades seja feita apenas com as vacinas da Pfizer ou do Butantan. Devido a questões de logística, o imunizante da Pfizer está disponível apenas nas capitais e a quantidade de doses ainda é pequena. Portanto, a maioria das cidades no país depende da CoronaVac para vacinação deste público. Assim que os insumos chegarem, a produção será retomada.

Entrega de 1,1 milhão de doses

O governado de São Paulo liberou na manhã desta sexta-feira, 14, mais 1,1 milhão de doses da vacina contra o coronavírus ao Ministério da Saúde, totalizando 47,2 milhões de doses disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“Com isso completamos a primeira etapa do contrato de 46 milhões de doses da vacina e já iniciamos o atendimento da segunda etapa dos 54 milhões de doses”, disse Doria. O quantitativo entregue hoje indica o início do segundo contrato firmado com o Ministério da Saúde para fornecimento de mais 54 milhões de vacinas. Essas doses foram produzidas a partir de insumos recebidos no dia 19 de abril.

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Além das novas doses da vacina contra a Covid-19, serão entregues em maio mais 30 milhões de doses da vacina contra a gripe ao Ministério da Saúde, para distribuição em todo o país.

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