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Com alta de casos, Brasil implementa Centro de Emergência contra dengue

Grupo vai trabalhar no monitoramento de casos e ações para conter o avanço da doença; país registrou 262.247 casos em 2024

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 fev 2024, 17h35

O Ministério da Saúde anunciou neste sábado, 3, o início das atividades do Centro de Operações de Emergência contra a dengue (COE Dengue), implementado diante do aumento de casos da doença no país. O grupo de trabalho vai monitorar a situação epidemiológica e desenvolver ações de enfrentamento ao vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Desde o começo do ano, foram notificados 262.247 casos e 29 mortes no Brasil.

O COE Dengue terá a participação de todas as secretarias do ministério e participação dos estados e municípios, cujos representantes vão realizar reuniões diárias para monitorar a notificação de casos, produção de relatórios, elaboração de ações de resposta e divulgação de informações para a população.

Desde 2022, a dengue voltou a crescer no país e, no ano passado, foram registrados 1.658.816 casos e 1.904 mortes. Com a intensificação das notificações já em janeiro desde ano, planos de contingência, tendas e até um hospital de campanha já fazem parte das medidas adotadas nas regiões mais afetadas.

Nesta sexta-feira, 2, a cidade do Rio de Janeiro confirmou que enfrenta, no momento, uma epidemia da doença e anunciou que vai fazer entrada compulsória em imóveis abandonados, uso de carros fumacê e que dez polos de atendimento de pacientes serão inaugurados. No Distrito Federal, onde há registros de 29,5 mil casos neste ano, será instalado um hospital de campanha da Força Aérea Brasileira (FAB) e foi aberto um edital emergencial para contratação do serviço de fumacê.

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o COE Dengue terá como foco a coordenação das ações para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti e o aumento do número de pessoas infectadas. Ela comentou a adoção de tendas de hidratação para atendimento dos pacientes no Distrito Federal e na capital fluminense.

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“Esperamos que não seja necessário em todo o país. Por isso, a importância do COE. Os testes para o diagnóstico serão intensificados e o planejamento será feito em reunião na próxima segunda-feira com a Fiocruz”, afirmou em coletiva.

Sobre o início da vacinação (leia mais sobre a vacina abaixo), Nísia não informou a data de aplicação das primeiras doses, mas disse que a definição deve ser feita na próxima semana.

“Já definimos os critérios de vacinação e recebemos mais de 750 mil doses, mas elas precisam passar por um processo de avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, explicou.

A dengue tem colocado o mundo em alerta por estar se alastrando em novas e antigas regiões com ajuda das mudanças climáticas, que criam condições propícias para a reprodução e proliferação dos mosquitos. Desde o ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o tom ao se debruçar sobre dados e constatar que, em 2022, as taxas de infecção aumentaram oito vezes em relação ao ano 2000.

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Vacinação contra a dengue

Em outubro, a OMS recomendou a vacinação contra a doença com foco principalmente em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em países endêmicos, caso do Brasil. Por aqui, o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) meses antes, em março.

O Ministério da Saúde anunciou que vai seguir a recomendação da entidade e ofertar o imunizante para essa faixa etária. Com a medida, o Brasil se tornou o primeiro país a incluir a vacina no sistema público de saúde. A previsão é de que a vacinação tenha início neste mês em 521 municípios com a faixa de 10 a 14 anos, a mais afetada pela doença.

No mês passado, o país recebeu cerca de 750 mil doses, parte da primeira remessa com 1,32 milhão de doses adquiridas pelo governo brasileiro. Também está prevista a entrega de 568 mil doses ainda neste mês. Neste ano, está prevista a chegada escalonada de 5,2 milhões de doses. Para 2025, foram adquiridas 9 milhões de doses.

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