Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cientistas investigam com que idade o ser humano é mais feliz

Equipe de investigadores analisou como felicidade varia ao longo da vida e fases com predomínio de estados emocionais positivos e negativos

Por Diego Alejandro
26 set 2023, 08h00

Com que idade as pessoas são mais felizes? Esta questão aparentemente simples foi estudada nas últimas décadas, mas uma resposta definitiva ainda não se apresentou. Para tentar solucionar esse enigma, uma equipe de investigadores da Alemanha e da Suíça decidiu conduzir um estudo com mais de 460 mil participantes e analisar como a felicidade varia ao longo da vida.

“Nós nos concentramos nas mudanças em três componentes centrais do bem-estar subjetivo”, explicou a autora, a psicóloga Susanne Bücker, da Universidade Ruhr de Bochum, na Alemanha, em um comunicado. Este é um conceito bem estabelecido em psicologia, que engloba a experiência de alguém e a avaliação de sua própria vida. Para este estudo, segundo Susanne, a equipe se concentrou na “satisfação com a vida, estados emocionais positivos e estados emocionais negativos”.

Pesquisas anteriores geraram muito debate. Uma teoria que chamou a atenção de muitas pessoas é a da felicidade em forma de U, em que o bem-estar atinge o pico durante os 20 anos e na velhice, com uma queda significativa durante a meia-idade. Alguns usaram isso como prova de crises de meia-idade – já outros não têm tanta certeza.

Idade ideal

Ao se concentrar em múltiplos aspectos do bem-estar subjetivo e incluir dados de diferentes países e culturas, os autores do novo estudo esperavam obter uma visão mais abrangente. De acordo com os dados, a satisfação com a vida diminuiu entre os 9 e os 16 anos, depois aumentou ligeiramente até aos 70 anos antes de diminuir novamente até aos 96 anos.

Para o segundo fator, os estados emocionais positivos, os autores observaram um declínio geral ao longo de toda a vida, dos 9 aos 94 anos. A última variante, os estados emocionais negativos, pareceu flutuar entre os 9 e os 22 anos de idade, antes de diminuir ao longo da idade adulta até aos 60 anos, quando começaram a aumentar novamente.

Continua após a publicidade

Em geral, tanto os estados emocionais positivos como os negativos mudaram mais ao longo da vida humana do que a satisfação com a vida. “No geral, o estudo indicou uma tendência positiva ao longo de um amplo período de vida, se olharmos para a satisfação com a vida e os estados emocionais negativos”, resumiu Susanne.

Resposta subjetiva

Os resultados se ajustam amplamente às suposições que muitos teriam sobre a trajetória de uma vida humana média. A puberdade e a adolescência são épocas estressantes, cheias de mudanças e pressões sociais, por isso faz sentido que a satisfação com a vida duminua durante esse período. Da mesma forma, em pessoas muito mais velhas, o declínio da saúde e a perda de amigos e entes queridos podem contribuir para uma diminuição do bem-estar.

Em resumo, não há uma resposta fácil para a pergunta colocada no início deste texto. Os resultados deste estudo mostram que diferentes contribuintes para o bem-estar subjetivo têm os seus próprios padrões distintos ao longo da vida. Os autores esperam que achado possa ser usado para adaptar melhor os esforços para promover a felicidade em diferentes grupos etários – particularmente os com mais de 70 anos, para quem a tendência geral era para a diminuição do bem-estar.

Isto é algo que os investigadores destacam no seu artigo como possível alvo de novos trabalho: “Dado que as evidências sobre a eficácia das intervenções de bem-estar ainda são escassas […] é fortemente necessária investigação futura nesta área”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.