Autoridades de saúde da China disseram, nesta quarta-feira, que estão investigando a possibilidade de transmissão entre humanos da nova cepa do vírus da gripe aviária, o H7N9. De acordo com Felipe Zijian, diretor do centro de emergências do Centro de Controle e Prevenção de Doenças do país, estão sendo avaliados, por exemplo, casos de infecção pelo vírus em membros da mesma família. Desde o fim de março, a China já confirmou 82 pessoas infectadas pelo H7N9, sendo que 17 delas morreram.
“Nós ainda estamos analisando com profundidade para descobrirmos quais são as principais possibilidades – se a infecção ocorreu primeiramente de ave para humano e depois de humano para humano, por exemplo. E se as pessoas infectadas têm um histórico comum de exposição: se entraram em contato com os mesmos objetos ou se o contágio ocorreu por meio do ambiente”, disse Zijian.
Zijian ressaltou, porém, que ainda não há indícios de que o H7N9 é transmitido de uma pessoa para outra – reforçando o que a Organização Mundial de Saúde (OMS) havia assegurado na última semana.
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Segundo informou nesta quarta-feira o jornal chinês China Daily, Zeng Guang, cientista-chefe encarregado de epidemiologia no Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China, disse que cerca de 40% das pessoas infectadas pelo H7N9 não tinham nenhum histórico claro de exposição a aves. “Como essas pessoas são infectadas? É um mistério”, disse Zeng, segundo o jornal. No mesmo dia, Gregory Hartl, porta-voz da OMS, confirmou que, de fato, algumas dessas vítimas não entraram em contato com os animais, mas não confirmou a porcentagem.
(Com agência Reuters)